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Aumenta informatização nas escolas
DA SUCURSAL DO RIO
O "Mapa da Exclusão Digital"
mostrou avanço da informatização nas escolas: o número de alunos do ensino fundamental matriculados em escolas com computador cresceu de 10,8% em 1997
para 23,9% em 2001.
A situação é melhor entre os
alunos do ensino médio. Nesse
grupo, 29,1% frequentavam colégios com laboratório de informática em 1997. O número cresceu
para 55,9% em 2001.
Para o coordenador do projeto,
Marcelo Neri, a melhor forma de
combater a exclusão digital a longo prazo é investir diretamente
nas escolas, para que desde cedo
as crianças adquiram familiaridade com as novas tecnologias.
São Paulo está entre os Estados
que mais avançaram na informatização escolar.
Em 1997, São Paulo tinha apenas 16,3% dos alunos "incluídos",
ocupando na época a terceira posição. O percentual passou para
49,7% em 2001.
O Rio liderava em 1997
-22,2%. Ficou em terceiro lugar
em 2001: 34,4%. A segunda posição foi conquistada pelo Paraná,
onde 37,2% dos alunos da rede escolar tinham computador à disposição em 2001.
Os Estados com os menores
percentuais de alunos frequentando escolas com computador
em 2001 eram Tocantins (7,8%),
Maranhão (8%), Paraíba (8,6%),
Pará (8,7%) e Piauí (8,8%). O Maranhão e o Tocantins já estavam
no fim do ranking em 1997, só que
com um percentual ainda menor
de alunos "incluídos": 1,9% e
2,6%, respectivamente.
De acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a escola é o
principal canal de acesso ao computador para jovens e crianças
que não têm terminal em casa.
Por isso, Neri afirma que a maior
parte dos investimentos públicos
em informatização deve ir para
essas instituições.
Segundo ele, o governo tem um
recurso para expandir a informatização escolar que não utiliza, o
Fust (Fundo de Universalização
dos Serviços de Telecomunicações), formado por 1% do faturamento das empresas de telecomunicações.
Parte do dinheiro do Fust deveria ser gasto na compra de computadores para escolas, mas, diz
Neri, os "recursos têm sido contingenciados para financiar o
ajuste fiscal do governo".
Segundo Neri, o computador
não é só uma ferramenta de inclusão social. O instrumento, diz,
melhora o rendimento dos estudantes, o que indica que ele é um
diferencial de competitividade.
Testes feitos pela FGV mostram
que um aluno da 8ª série do ensino fundamental que utiliza computador tem um desempenho
17,7% superior em provas de matemática em relação aos que não
usam terminais.
(PEDRO SOARES)
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