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São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2003

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Aumenta informatização nas escolas

DA SUCURSAL DO RIO

O "Mapa da Exclusão Digital" mostrou avanço da informatização nas escolas: o número de alunos do ensino fundamental matriculados em escolas com computador cresceu de 10,8% em 1997 para 23,9% em 2001.
A situação é melhor entre os alunos do ensino médio. Nesse grupo, 29,1% frequentavam colégios com laboratório de informática em 1997. O número cresceu para 55,9% em 2001.
Para o coordenador do projeto, Marcelo Neri, a melhor forma de combater a exclusão digital a longo prazo é investir diretamente nas escolas, para que desde cedo as crianças adquiram familiaridade com as novas tecnologias.
São Paulo está entre os Estados que mais avançaram na informatização escolar.
Em 1997, São Paulo tinha apenas 16,3% dos alunos "incluídos", ocupando na época a terceira posição. O percentual passou para 49,7% em 2001.
O Rio liderava em 1997 -22,2%. Ficou em terceiro lugar em 2001: 34,4%. A segunda posição foi conquistada pelo Paraná, onde 37,2% dos alunos da rede escolar tinham computador à disposição em 2001.
Os Estados com os menores percentuais de alunos frequentando escolas com computador em 2001 eram Tocantins (7,8%), Maranhão (8%), Paraíba (8,6%), Pará (8,7%) e Piauí (8,8%). O Maranhão e o Tocantins já estavam no fim do ranking em 1997, só que com um percentual ainda menor de alunos "incluídos": 1,9% e 2,6%, respectivamente.
De acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a escola é o principal canal de acesso ao computador para jovens e crianças que não têm terminal em casa. Por isso, Neri afirma que a maior parte dos investimentos públicos em informatização deve ir para essas instituições.
Segundo ele, o governo tem um recurso para expandir a informatização escolar que não utiliza, o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), formado por 1% do faturamento das empresas de telecomunicações.
Parte do dinheiro do Fust deveria ser gasto na compra de computadores para escolas, mas, diz Neri, os "recursos têm sido contingenciados para financiar o ajuste fiscal do governo".
Segundo Neri, o computador não é só uma ferramenta de inclusão social. O instrumento, diz, melhora o rendimento dos estudantes, o que indica que ele é um diferencial de competitividade. Testes feitos pela FGV mostram que um aluno da 8ª série do ensino fundamental que utiliza computador tem um desempenho 17,7% superior em provas de matemática em relação aos que não usam terminais. (PEDRO SOARES)


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