THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A ONG Amda (Associação Mineira de Defesa do Ambiente) alertou órgãos ambientais do Estado para a situação precária de diversas barragens de contenção de detritos sólidos.
De acordo com a ONG, os passivos ambientais em risco são, em grande parte, resultado de atividades de mineração e podem, em breve, reeditar acidentes como o de Cataguases (MG). Na ocasião, o vazamento de um reservatório de 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos atingiu rios da região, interrompendo o abastecimento de água em cerca de 40 cidades de Minas e do Rio de Janeiro.
Segundo Maria Dalce Ribas, presidente da Amda, o caso mais grave é o da Emesa (Empresa de Mineração Esperança), em Brumadinho (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.
As fortes chuvas que atingiram o Estado em janeiro romperam a barragem de contenção da empresa e, desde então, toneladas de detritos estão sendo arrastadas para o rio Paraopeba, um dos principais afluentes do rio São Francisco. A Emesa está desativada desde 1996, após ter sido interditada por órgãos ambientais.
A ambientalista defende a necessidade de o empreendedor fornecer garantias econômicas -hipotecas, cauções ou contas vinculadas- quando solicitar licenciamento ambiental para atividades de risco. Outra é a adoção do "currículo ambiental". A medida, segundo Ribas, ajudaria na identificação de empreendedores com histórico de danos ao ambiente.


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