São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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Lista com foto de agressor não teve resultado

DA SUCURSAL DO RIO

A elaboração de uma lista com fotos e nomes dos jovens agressores, anunciada pelo chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, subordinado ao secretário de Estado de Segurança, Anthony Garotinho, é a repetição exata de determinação tomada pelo então secretário Josias Quintal durante o governo Garotinho (1999 -2002). A medida, aparentemente, não surtiu efeito prático.
Na época, em agosto de 2000, quatro lutadores da família Gracie -que disseminou a prática do jiu-jitsu no país- atiraram balas de borracha contra três travestis, na praia de Copacabana (zona sul). Em março do mesmo ano, o lutador e instrutor de jiu-jitsu Ryan Gracie ficou 18 dias preso, acusado de esfaquear um estudante numa briga que destruiu uma casa de festas na Barra da Tijuca (zona oeste).
A atual onda de violência levou o subsecretário de Segurança, Marcelo Itagiba, a determinar também que todos os delegados autuassem jovens envolvidos em brigas por formação de quadrilha.
Segundo o artigo nš 288 do Código Penal, quadrilha é a associação de "mais de três pessoas, com o fim de cometer crimes". A pena nesses casos pode ser de um a três anos de reclusão.
Na avaliação do advogado Edson Soeiro, que defende um dos universitários envolvidos em brigas recentes, indiciar os brigões por formação de quadrilha oculta "a verdadeira criminalidade do Rio -o tráfico, os homicídios e a corrupção".


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