FREE-LANCE PARA A FOLHA

O medo de ter a casa invadida por traficantes está levando moradores da Rocinha a deixarem seus imóveis, especialmente os que ficam nas localidades de Dionéia e Cachopa.
Segundo William de Oliveira, 32, presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, esses pontos são visados pela proximidade com a mata, que é usada como esconderijo.
Ele afirma que os conflitos entre traficantes representam a volta a uma época que os moradores gostariam de esquecer.
"A comunidade está chocada porque, apesar das constantes ameaças do tráfico, o ambiente estava relativamente calmo. Hoje, a Rocinha é um ponto turístico da cidade. O incidente prejudica a imagem do Rio."
Segundo Oliveira, muitos moradores deixaram de ir ao enterro de Fabiana dos Santos Oliveira, uma das vítimas do tiroteio de anteontem, por não saber como encontrariam a favela quando voltassem.


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