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13 policiais civis de Mogi são acusados de cobrar propina
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Gaerco (Grupo de Atuação
Especial Regional de Combate
ao Crime Organizado) do Ministério Público de Guarulhos
(Grande SP) denunciou à Justiça 13 policiais civis, entre os
quais dois delegados, sob a acusação de formar uma quadrilha
para cobrar propinas de donos
de prostíbulos, desmanches de
carros e também de exploradores de máquinas caça-níqueis.
Segundo a denúncia dos promotores à 2ª Vara Criminal de
Suzano, feita na última terça-feira, todos os policiais eram integrantes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e
Assaltos), destacamento de elite da Polícia Civil de Mogi das
Cruzes, no período investigado
-de 2002 a abril de 2004.
A partir de escutas telefônicas com autorização da Justiça,
o Gaerco conseguiu rastrear os
contatos dos policiais acusados
de corrupção e de pessoas de
quem eles exigiriam dinheiro
para não combater o crime.
O líder do grupo, segundo a
denúncia, é Eduardo Peretti
Guimarães, chefe do Garra.
"O denunciado Eduardo Peretti Guimarães é delegado de
polícia, lotado no Garra de Mogi das Cruzes, e montou e dirigiu, pelo menos a partir do ano
de 2002, com seus comparsas,
um verdadeiro esquema de cobrança de propina ou pedágio
por parte dos policiais, visando
permitir o funcionamento de
atividades irregulares e criminosas", afirmam os promotores
na denúncia.
O Gaerco também denunciou à Justiça outras cinco pessoas, três delas supostamente
ligadas a desmanches de carros
e duas donas de uma concessionária de Mogi. Na conta da empresa, eram depositados os valores obtidos com os crimes, diz
a denúncia. Depois, o dinheiro
era repassado aos policiais.
Por serem funcionários públicos, os 13 policiais terão o direito de, antes de o juiz decidir
se recebe ou não a denúncia e
transformá-los em réus, apresentar defesa prévia.
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