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PM monta guarda para evitar invasão
DA REPORTAGEM LOCAL
Bem na entrada da viela
dos Peixes, que dava acesso ao amontoado de casas
demolidas do Jardim Helena, uma base comunitária da Polícia Militar monta guarda permanentemente. É para evitar a volta do pessoal que saiu. Ou
que outras famílias ocupem o local, aproveitando-se do fato de que as fundações e o chão das casas ainda estão lá, apesar das paredes caídas.
"Enquanto o poder público não resolver o problema da moradia, o risco
de uma reinvasão é total.
Ninguém mora na várzea
do rio -às vezes literalmente dentro da água-
porque quer. É porque
precisa", diz a líder comunitária Alda Helena Cáris
dos Santos Cruz, 53.
Uma moradora mostra à
reportagem um galpão
cheio de portas, janelas,
pias e privadas velhas. "O
pessoal saía de suas casas e
vendia essas peças para o
depósito, que quer revendê-las. E quem você acha
que são os clientes desse
tipo de negócio? Simples: é
o próprio morador que
saiu. Assim que ele tiver
uma chance de voltar, recompra o material e refaz
sua casa -ou usa as fundações de outra casa para reconstruir a sua. Basta levantar paredes."
Para evitar a reinvasão,
a Subprefeitura de São Miguel Paulista está fiscalizando a área por meio de
sobrevoos, além da vigilância "in loco" da PM.
Também para coibir
uma nova tentativa de invasão, a prefeitura tem reiterado a promessa de seguir pagando os R$ 300
mensais a título de auxílio-aluguel "até que uma
solução habitacional definitiva seja oferecida" -e
não apenas durante seis
meses, como chegou a ser
anunciado logo no início.
Nesta semana, a prefeitura divulgará estudo sobre a situação fundiária
dos terrenos que estão no
perímetro do parque Várzeas do Tietê. Será possível saber qual o percentual
dos imóveis regularizados
face àqueles que estão em
áreas invadidas.
(LC)
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