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Rio determina retirada imediata de vizinhos do morro do Bumba
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Sérgio
Cabral (PMDB), determinou
ontem a retirada "imediata"
dos moradores do morro do
Céu, lixão em Niterói (Grande
Rio) vizinho ao morro do Bumba -onde 30 corpos soterrados
já foram resgatados. "É uma
área de risco iminente, coisa
dantesca. Vamos tirá-los de lá
imediatamente", disse Cabral.
Os moradores da região haviam denunciado à Folha que a
montanha de detritos estava
ameaçando as suas casas. O depósito, cujo nome oficial é aterro controlado morro do Céu, é
o único em atividade na cidade.
Funciona desde 1983 e, segundo a Companhia Municipal
de Limpeza Urbana de Niterói,
que o administra, será desativado em um ano. Costuma receber mil toneladas de lixo por
dia. Anteontem, após dois deslizamentos, a Prefeitura de Niterói havia decidido interditá-lo provisoriamente.
Ninguém mora sobre o depósito, mas ao redor dele -a
maioria das casas foi erguida
antes de a área virar lixão. Segundo os moradores, o sítio
que existia ali foi desapropriado para ser transformado em
depósito de lixo e assim desativar o lixão do morro do Bumba.
Segundo o governador Sérgio
Cabral, os recursos da União
para os desabrigados em Niterói e São Gonçalo, ambas no
RJ, "chegarão o mais breve
possível". "Já falei com o presidente Lula sobre isso." Ele não
estipulou, porém, prazos e o
valor do repasse.
O governador minimizou a
demora de 90 dias na chegada
de recursos da União às vítimas
dos deslizamentos em Angra
dos Reis (litoral sul fluminense), que ocorreram na virada do
ano e mataram mais de 50 pessoas. "Uma reportagem de hoje
[ontem] da Folha de S.Paulo
diz que demorou três meses.
Antigamente, os recursos chegavam em três anos", declarou.
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