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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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Boca a boca indica os serviços

DA REDAÇÃO

Robson Barros Guimarães, 19, grita de dor enquanto é feito o curativo no seu joelho. Ele está há três dias no Pronto-Socorro Municipal do Jardim Vazame, no Embu, tratando do abscesso.
Ele é morador do Campo Limpo, em São Paulo. Por que você veio aqui se existe atendimento no seu bairro? Vim porque me disseram que é bom. E é bom mesmo? Sim, estou sendo bem atendido. É muito bom.
O pintor de parede Amaro Teixeira de Andrade, 52, também morador de São Paulo, passou a sentir dores no abdômen. Andou mais de cinco quilômetros até o pronto-socorro. Ele prefere ser atendido na unidade do Vazame.
O prefeito do Embu, Geraldo Leite da Cruz (PT), 48, diz que é assim mesmo. "Quando um serviço tem qualidade, todos correm para ele." A capacidade do pronto-socorro é de 250 pacientes/dia. Hoje recebe, em média, o dobro -40% dos atendidos são habitantes de municípios vizinhos.
O eixo de pobreza sudoeste, que adentra o município a partir de São Paulo, abriga 1,1 milhão de pessoas. Embu faz fronteira com os distritos paulistas de Campo Limpo e Capão Redondo, notórios pela ocupação de áreas de proteção de manancial e pelos altos índices de violência.
Desde 1960, a população da cidade aumentou 42 vezes (em 2000, a cidade tinha 209 mil habitantes). O município tem 60% de seu território em áreas de proteção de manancial.



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