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No Rio, tráfico tem 2.500 fuzis
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Civil do Rio de Janeiro
estima que os traficantes das 80
principais favelas e complexos da
capital tenham, juntos, pelo menos 2.500 fuzis em seus arsenais.
O levantamento foi elaborado
com base em informações prestadas pelo serviço de inteligência da
corporação e de informantes da
polícia que moram nas comunidades carentes.
Os maiores arsenais estariam
concentrados nas favelas consideradas quartéis-generais das principais facções criminosas.
De acordo com o estudo, o complexo de favelas do Alemão, na
zona norte carioca -tido como
base do CV (Comando Vermelho)-, possui o maior arsenal,
com 200 fuzis.
Considerada a favela que registra o maior faturamento com o
comércio de drogas no Rio de Janeiro (cerca de R$ 50 milhões
mensais), a Rocinha, na nobre região de São Conrado (zona sul),
contaria com o segundo maior arsenal (180 fuzis).
O mesmo número desse tipo de
armamento teriam as favelas de
Senador Camará (zona oeste), como o Rebu e a Coréia, controladas
pelo traficante Róbson André da
Silva, o Robinho Pinga, chefe do
TCP (Terceiro Comando Puro).
Foi em uma casa em Senador
Camará que, no dia 20 de abril, a
polícia encontrou um arsenal
com oito minas terrestres, 161 granadas e 19 mil munições.
Em terceiro lugar aparece o
complexo da Maré, na zona norte,
com 170 fuzis. O complexo é formado por 17 favelas nas quais o
tráfico é dividido entre três facções criminosas inimigas.
Os policiais encarregados da
pesquisa admitiram a possibilidade de o número de fuzis ser maior
ou menor do que o calculado porque é grande o deslocamento de
armas de uma favela para outra.
Origem no Paraguai
De acordo com as investigações,
grande parte dos fuzis foi contrabandeada do Paraguai e começou
a ser adquirida pelo tráfico no início da década de 1990. Nos últimos anos, no entanto, os traficantes também passaram a invadir
quartéis das Forças Armadas e a
atacar policiais nas ruas para obter novas armas.
Em maio, por exemplo, traficantes invadiram um depósito da
Aeronáutica na zona norte do Rio
de Janeiro. Levaram 22 fuzis.
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