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Patrulheiros pedem armas e treinamento
DA SUCURSAL DO RIO
Para combater o contrabando
de armas e criminosos armados
nas rodovias federais, os patrulheiros usam pistolas, carabinas e
escopetas. Armas mais sofisticadas, como fuzis e metralhadoras,
só são usadas por policiais do
GPE (Grupamento de Policiamento Especial), que entram em
cena em situações de emergência.
Policiais que atuam na rodovia
Presidente Dutra (RJ-SP) disseram que só realizam treinamento
de tiros e manuseio de armas semestralmente, quando o ideal, dizem, seria a cada três meses.
No último dia 27, a Folha percorreu 80 km da rodovia, entre o
Rio e a cidade de Piraí. O trecho tinha 14 patrulheiros trabalhando e
quatro postos, um deles fechado.
O posto do km 163, no bairro da
Pavuna (zona norte do Rio), tinha
quatro patrulheiros. Só havia outros policiais rodoviários 20 km
depois. Dos 14 patrulheiros, 11 tinham mais de 50 anos. "Fazemos
o trabalho de um juiz e de um
bandeirinha juntos. Estamos estressados", disse Celso Dias, 48.
"Tem muito policial ficando hipertenso e com doenças que atacam o sistema nervoso."
A falta de efetivos fez a PRF desativar o posto de Paracambi (cidade a 75 km do Rio), que fica a
pouco metros da balança.
Como não costuma haver policiais no local, os motoristas não
param para a pesagem. A exceção
ocorreu na tarde de quinta, quando dois patrulheiros exigiam o
cumprimento da norma.
Os policiais ouvidos na Dutra
também reclamaram das condições de trabalho. O chefe do posto
no município de Piraí, que não
quis se identificar, afirmou que
não tem carro para trabalhar. De
acordo com ele, o veículo está
quebrado e não existem recursos
para a manutenção.
(MHM)
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