São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2004

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Patrulheiros pedem armas e treinamento

DA SUCURSAL DO RIO

Para combater o contrabando de armas e criminosos armados nas rodovias federais, os patrulheiros usam pistolas, carabinas e escopetas. Armas mais sofisticadas, como fuzis e metralhadoras, só são usadas por policiais do GPE (Grupamento de Policiamento Especial), que entram em cena em situações de emergência.
Policiais que atuam na rodovia Presidente Dutra (RJ-SP) disseram que só realizam treinamento de tiros e manuseio de armas semestralmente, quando o ideal, dizem, seria a cada três meses.
No último dia 27, a Folha percorreu 80 km da rodovia, entre o Rio e a cidade de Piraí. O trecho tinha 14 patrulheiros trabalhando e quatro postos, um deles fechado.
O posto do km 163, no bairro da Pavuna (zona norte do Rio), tinha quatro patrulheiros. Só havia outros policiais rodoviários 20 km depois. Dos 14 patrulheiros, 11 tinham mais de 50 anos. "Fazemos o trabalho de um juiz e de um bandeirinha juntos. Estamos estressados", disse Celso Dias, 48.
"Tem muito policial ficando hipertenso e com doenças que atacam o sistema nervoso."
A falta de efetivos fez a PRF desativar o posto de Paracambi (cidade a 75 km do Rio), que fica a pouco metros da balança.
Como não costuma haver policiais no local, os motoristas não param para a pesagem. A exceção ocorreu na tarde de quinta, quando dois patrulheiros exigiam o cumprimento da norma.
Os policiais ouvidos na Dutra também reclamaram das condições de trabalho. O chefe do posto no município de Piraí, que não quis se identificar, afirmou que não tem carro para trabalhar. De acordo com ele, o veículo está quebrado e não existem recursos para a manutenção. (MHM)


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