São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2004

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SEGURANÇA

Guimarães é suspeito de agir em grupo de extermínio

Promotores pedem proteção após fuga de policial acusado de 8 mortes

DA FOLHA RIBEIRÃO

A fuga anteontem do investigador Ricardo José Guimarães, 32, do Presídio Especial da Polícia Civil, na capital, levou promotores de Ribeirão Preto (314 km de SP) e de São Paulo ligados ao caso a pedir proteção para eles, para outros policiais e para os familiares de supostas vítimas do investigador. O pedido foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado.
Suspeito de integrar um suposto grupo de extermínio formado por policiais em Ribeirão Preto, Guimarães é acusado de oito homicídios e estava preso havia 72 dias. Era investigado pelo Ministério Público há um ano e meio.
Para o promotor Carlos Cardoso, 49, assessor especial de direitos humanos da Procuradoria Geral de Justiça, a fuga irá prejudicar as investigações sobre o suposto grupo de extermínio. "Com ele foragido, os familiares das vítimas não vão querer depor."
Cardoso afirmou que a fuga do investigador foi "ridícula" e "vergonhosa". Segundo o diretor do Presídio Especial da Polícia Civil, José Carlos Sanches Bueno, Guimarães escalou um muro e subiu as escadas de uma das guaritas de vigilância. O diretor diz que não havia nenhum policial na guarita porque o encarregado da vigilância estava fazendo escolta.
Segundo a Corregedoria Geral da Polícia Civil, uma equipe vigia a casa da namorada de Guimarães, Fernanda Vedovato, 18, que está desaparecida. Ela e dois rapazes foram detidos na terça-feira com cerca de R$ 40 mil, sendo 9.000). Ela tinha passagens com data de ontem para Madri. O dinheiro e as passagens ficaram com a polícia. Os três foram liberados após o depoimento.


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