São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

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Passageiros buscarão alternativas por conta própria, afirma técnico do Estado

DA REPORTAGEM LOCAL

Renato Viegas, diretor de planejamento e expansão da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, afirma acreditar que haverá um "ajuste natural" da demanda na linha 3-vermelha do metrô de São Paulo.
"Há um limite físico em que os próprios passageiros buscam outras alternativas por conta própria", afirma Viegas, para quem a população migrará para os trens e para os ônibus quando achar que as filas e a superlotação na rede metroviária não valem mais a pena.
"Por enquanto ainda dá para absorver. Vamos ver como a demanda se comporta nos próximos meses", diz ele, ressaltando que os problemas de desconforto estão concentrados nos horários de pico da linha 3-vermelha (Barra Funda-Corinthians-Itaquera) e um pouco na 1-azul (Jabaquara-Tucuruvi). No restante, a alta dos passageiros é tida como positiva.
A superlotação da linha 3-vermelha é a que mais preocupa porque não há soluções simples no curto prazo. O intervalo entre os trens, próximo de 90 segundos, é um dos menores do mundo e, até por motivos de segurança, não tem como sofrer alguma redução significativa.
Uma opção que trouxe algum alívio nos anos 90 foi a criação do Expresso Leste, linha de trem que tem parte do trajeto semelhante ao da linha 3.
O prolongamento do futuro Fura-Fila -rebatizado de Expresso Cidade Tiradentes- até a zona leste também é citado como uma alternativa, mas que não fica pronta antes de 2008.
A solução definitiva é a ampliação da rede do metrô, com a realização de projetos existentes -como a extensão da linha 2-verde ao Tatuapé e da linha 5-lilás até a Chácara Klabin.
Há técnicos que chegam a defender a redução do desconto da tarifa integrada de R$ 3 para controlar a demanda.


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