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Analistas temem perda de qualidade, mas celebram uso de linhas "mortas"
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas citam aspectos
positivos e negativos do crescimento da demanda do metrô,
mas defendem a integração do
bilhete único e cobram a expansão da rede sobre trilhos.
O principal problema citado
é a superlotação e as situações
de desconforto -até mesmo de
assédio sexual nos vagões.
"A qualidade é um paradigma
do metrô. O pânico dos metroviários sempre foi a queda no
nível de avaliação dos usuários
e da imagem", afirma Arnaldo
Luís dos Santos Pereira, que é
especialista em transporte.
Com a imagem do metrô afetada, a população fica mais descrente com as opções de transporte coletivo, algo que estimula a utilização dos carros.
"Para a qualidade não cair, é
preciso investir em mais linhas", defende Manoel da Silva
Ferreira Filho, que é presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô.
O principal fator positivo citado é a redução da ociosidade
em algumas linhas e horários.
"Em termos de conforto é
melhor que não haja tanta lotação. Mas foi feito um investimento público que está sendo
bastante utilizado, algo que é
muito bom", diz Peter Alouche,
engenheiro e consultor em
transporte que trabalhou 35
anos no Metrô e deixou a companhia no mês passado.
Para ele, a superlotação dos
vagões por conta do bilhete
único integrado "é um desconforto, mas não é tão dramático
diante do benefício" -tarifa de
R$ 3, desconto de R$ 1,10.
"É uma tristeza ver um metrô vazio. Chorava quando via a
linha 5", diz Alouche, que defende um melhor planejamento da viagem pelos usuários.
"Muitas vezes é só esperar passar um ou dois trens. Ou então
postergar ou adiantar a saída de
casa em meia hora. Isso também acontece em outros lugares do mundo", afirma.
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