São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

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Mãe lamenta soltura de cúmplice de crime na USP

Homem confessou crime e foi liberado

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

A dona de casa Zélia Ramos de Paiva, 42, mãe do estudante Felipe Ramos Paiva, morto na noite de 18 de maio na Cidade Universitária durante uma tentativa de roubo do seu carro, disse que a família "lamenta muito" o fato de o comerciante de 22 anos que confessou participação no crime não ficar preso.
"É como se nossa família sofresse a segunda violência. Ele saiu pela porta da frente da delegacia e rindo. Passamos a noite em claro, tristes por saber que quem confessou a morte do nosso filho está livre e colocando a vida de outras pessoas em risco."
Anteontem, Irlan Graciano Santiago, 22, se apresentou ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e confessou participação no latrocínio (roubo seguido de morte) contra Paiva. Ele afirmou que a decisão de roubar um carro dentro da USP aconteceu "porque seu filho passava necessidades".
Santiago não ficou preso porque, conforme a lei, se apresentou espontaneamente, confessou o crime, não tem antecedentes criminais e tem residência fixa.
Segundo o delegado Maurício Guimarães Soares, um dos chefes do DHPP, a prisão preventiva (até um provável julgamento) de Santiago será pedida à Justiça assim que o inquérito acabar.
Ao falar com a imprensa, Santiago tentou justificar a morte de Paiva ao dizer que ele foi baleado na cabeça por ter reagido durante o ataque de outro criminoso, que iria levar seu carro, um Passat, ano 1998, blindado.
"Estamos em choque até agora. É como se tivessem matado o Felipe pela segunda vez", disse a mãe.


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