|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Mãe lamenta soltura de cúmplice de crime na USP
Homem confessou crime e foi liberado
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
A dona de casa Zélia Ramos de Paiva, 42, mãe do estudante Felipe Ramos Paiva,
morto na noite de 18 de maio
na Cidade Universitária durante uma tentativa de roubo
do seu carro, disse que a família "lamenta muito" o fato
de o comerciante de 22 anos
que confessou participação
no crime não ficar preso.
"É como se nossa família
sofresse a segunda violência.
Ele saiu pela porta da frente
da delegacia e rindo. Passamos a noite em claro, tristes
por saber que quem confessou a morte do nosso filho está livre e colocando a vida de
outras pessoas em risco."
Anteontem, Irlan Graciano
Santiago, 22, se apresentou
ao DHPP (Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e confessou participação no latrocínio (roubo seguido de morte) contra Paiva. Ele afirmou
que a decisão de roubar um
carro dentro da USP aconteceu "porque seu filho passava necessidades".
Santiago não ficou preso
porque, conforme a lei, se
apresentou espontaneamente, confessou o crime, não
tem antecedentes criminais e
tem residência fixa.
Segundo o delegado Maurício Guimarães Soares, um
dos chefes do DHPP, a prisão
preventiva (até um provável
julgamento) de Santiago será
pedida à Justiça assim que o
inquérito acabar.
Ao falar com a imprensa,
Santiago tentou justificar a
morte de Paiva ao dizer que
ele foi baleado na cabeça por
ter reagido durante o ataque
de outro criminoso, que iria
levar seu carro, um Passat,
ano 1998, blindado.
"Estamos em choque até
agora. É como se tivessem
matado o Felipe pela segunda vez", disse a mãe.
Texto Anterior: Banco apura como caixas liberam notas manchadas Próximo Texto: Tatuapé: Prostíbulo é fechado após mulher achar folheto com marido Índice | Comunicar Erros
|