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Banco apura como caixas liberam notas manchadas
Para a Febraban, máquina não falha
DE SÃO PAULO
Uma equipe técnica criada
pelos bancos investiga como
os caixas eletrônicos, intactos, estão liberando cédulas
manchadas pela tinta rosa
do sistema antifurto.
Essas manchas, que anulam o valor da cédula, deveriam aparecer apenas nas notas furtadas de máquinas
violadas. Quando um caixa é
explodido pelos ladrões, por
exemplo, o sistema libera a
tinta e mancha o dinheiro.
Esse sistema foi implantado neste ano, após uma série
de caixas eletrônicos serem
alvo da ação de grupos criminosos, principalmente no Estado de São Paulo.
A Febraban não diz como
será essa investigação, da
qual também participam os
bancos e "prestadores de serviço", mas ela basicamente
tem dois caminhos.
Uma das linhas de investigação é saber se houve algum problema nas máquinas. Por alguma falha, houve
o vazamento do líquido e,
consequentemente, a contaminação das notas.
Isso, porém, foi descartado pela Febraban em nota
enviada neste mês. "Não
existe a possibilidade de os
caixas eletrônicos dispensarem notas manchadas porque esses equipamentos foram desenvolvidos e regulados para evitar esse tipo de
vazamento; a última maneira de a tinta manchar as notas é por meio de uma agressão anormal ao equipamento
provocada, por exemplo, por
uma explosão", dizia a nota.
Agora, após queixas de
clientes, a Febraban decidiu
investigar a origem das notas
manchadas.
A TecBan, responsável pelos caixas da rede Banco 24
Horas, informou que "os dispositivos foram amplamente
testados, apresentando resultados positivos de eficiência e segurança". "Até o momento, não temos conhecimento de que algum terminal tenha apresentado falhas
nos dispositivos."
Outra possibilidade é de
ter havido uma falha no sistema de abastecimento dos
caixas. Por essa linha, notas
já manchadas foram recolocadas nos equipamentos.
Se isso de fato ocorreu, outras questões precisam ser
respondidas. Uma delas é saber se as notas manchadas
eram produto de crime. Daí,
saber se elas saíram dos bancos ou, eventualmente, por
funcionários ligados às empresas de transporte de valores que fazem o abastecimento desses caixas.
A Febraban diz que não há
nenhuma suspeita nesse
sentido. Diz que todo o "processo de abastecimento dos
caixas eletrônicos segue procedimentos de segurança".
A TecBan não informou se
tem sistema de segurança
para evitar que cédulas sejam substituídas pelos funcionários das empresas de
transporte de valores.
Nesta semana, a polícia
descobriu um produto químico que poderia remover as
tintas antifurto.
Ainda não existe um laudo
confirmando seu sucesso,
mas os bancos já estudam
novas formas para anular as
notas. Entre as possibilidades, está a implantação de
um sistema incendiário: para
queimar o dinheiro.
A Folha procurou representantes do sindicato patronal das Empresas de Transporte de Valores de São Paulo, mas não encontrou ninguém. Segundo uma funcionária, os diretores só poderão sem encontrados na próxima quinta-feira.
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