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Problemas associados têm de ser corrigidos
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de tratar diretamente a
incontinência urinária, é necessário dar atenção a outras condições que contribuem para o
surgimento do problema, explica o uroginecologista Manoel Girão, da Unifesp.
Uma das principais, afirma, é
o prolapso -posição anormal
dos órgãos da pelve, como o
popular "útero caído". Há males associados a até 50% dos casos da incontinência.
"Se não corrigir, a chance é o
problema aumentar", afirma o
médico. Outra recomendação é
a avaliar da reposição hormonal para a menopausa -a falta
do hormônio feminino prejudica a musculatura da pelve.
Quadros de obstipação intestinal, também por forçarem a
musculatura, contribuem para
a incontinência. O mesmo vale
para as tosses crônicas e a obesidade, afirma o especialista.
"Alguns exercícios pioram a
incontinência", diz ainda Girão. É conhecido, por exemplo,
que maratonistas têm perda
urinária em razão do impacto
das passadas sobre a musculatura pélvica.
Exercícios de fisioterapia
orientados por profissionais,
por outro lado, podem ajudar a
prevenir e controlar determinados tipos de incontinência,
diz o uroginecologista.
O profissional auxilia a mulher a adquirir "consciência"
corporal para estimular músculos que muitas vezes nunca
foram exercitados. Algumas
têm dificuldades.
A dona de casa carioca, Juliana (o nome é fictício), 75, tem
incontinência devido a um
prolapso e recebeu recomendação de fisioterapia. "A fisioterapeuta sugeriu um vibrador
que fortalece a musculatura,
mas eu nem sei usar. Só continuo com os comprimidos."
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