São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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Problemas associados têm de ser corrigidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de tratar diretamente a incontinência urinária, é necessário dar atenção a outras condições que contribuem para o surgimento do problema, explica o uroginecologista Manoel Girão, da Unifesp.
Uma das principais, afirma, é o prolapso -posição anormal dos órgãos da pelve, como o popular "útero caído". Há males associados a até 50% dos casos da incontinência.
"Se não corrigir, a chance é o problema aumentar", afirma o médico. Outra recomendação é a avaliar da reposição hormonal para a menopausa -a falta do hormônio feminino prejudica a musculatura da pelve.
Quadros de obstipação intestinal, também por forçarem a musculatura, contribuem para a incontinência. O mesmo vale para as tosses crônicas e a obesidade, afirma o especialista.
"Alguns exercícios pioram a incontinência", diz ainda Girão. É conhecido, por exemplo, que maratonistas têm perda urinária em razão do impacto das passadas sobre a musculatura pélvica.
Exercícios de fisioterapia orientados por profissionais, por outro lado, podem ajudar a prevenir e controlar determinados tipos de incontinência, diz o uroginecologista.
O profissional auxilia a mulher a adquirir "consciência" corporal para estimular músculos que muitas vezes nunca foram exercitados. Algumas têm dificuldades.
A dona de casa carioca, Juliana (o nome é fictício), 75, tem incontinência devido a um prolapso e recebeu recomendação de fisioterapia. "A fisioterapeuta sugeriu um vibrador que fortalece a musculatura, mas eu nem sei usar. Só continuo com os comprimidos."


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