São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011 |
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Pedestre só busca travessia segura nos picos FELIPE CARUSO DE SANTOS Mesmo empurrando um carrinho com uma escada dentro, o pedreiro Manoel de Jesus, 57, não hesitou em atravessar correndo as pistas da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura do km 320, na divisa entre Mongaguá e Itanhaém. Ele diz que usa a passarela apenas na alta temporada. "Agora, no inverno, sem pressa, dá para atravessar." Assim como Jesus, muitos pedestres ignoram a segurança da passarela e se arriscam todos os dias na travessia da rodovia que margeia o litoral sul paulista. Com o objetivo de diminuir os atropelamentos, o DER está colocando muretas mais altas e grades no canteiro central entre os quilômetros 305 e 310. Há cinco passarelas nesse trecho. A obra custou pouco mais de R$ 7 milhões e incluiu a recuperação do asfalto. Mas no km 320, onde o pedreiro atravessa, a colocação de muretas e grades não começou. No trecho em que os obstáculos estão sendo instalados, o total de travessias sem o uso da passarela tem caído, avalia o frentista Gerson Rodrigues, 36, que há 16 anos trabalha em um posto em frente a uma passarela, na altura do km 307. "Em alta temporada, é atropelamento dia sim, dia não", afirma. Apesar das mudanças, há partes das grades recém-instaladas que já foram arrancadas para abrir passagem a pedestres e ciclistas. O comerciante Paulo Loreto, 57, foi flagrado pela Folha ao atravessar a pista. Segundo ele, o triciclo que usa para levar alimentos até sua lanchonete não passa entre as barreiras de metal colocadas ao final da passarela para impedir a passagem de motos. "Agora preciso pedalar mais de um quilômetro toda vez que vou fazer compras." Texto Anterior: 20% são atropelados perto de passarelas Próximo Texto: Análise: Perigo na pista confronta com esforço e risco de usar passarela Índice | Comunicar Erros |
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