São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011

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ANÁLISE

Perigo na pista confronta com esforço e risco de usar passarela

EDUARDO DAROS
ESPECIAL PARA A FOLHA

As passarelas são construídas para garantir-nos segurança. O livre arbítrio, porém, leva-nos a confrontar o risco de atravessar a via através de uma brecha no fluxo de trânsito com o esforço de subir e descer longas rampas ou escadas, além do risco de assaltos na passarela.
Desconheço pesquisas sobre as razões de os pedestres não usarem como deveriam as passarelas, principalmente quando estão a menos de 500 metros, pois normalmente elas podem ser vistas a essas distâncias.
A propósito: onde estão as indicações das distâncias das passarelas? O silêncio sobre distâncias maiores leva implícita a ideia de que acima de 500 metros é válida a busca de brechas no trânsito para se cruzar a rodovia.
E essa ideia é reforçada pelas aberturas na mureta de concreto que separa os sentidos de trânsito, que acabam sendo usadas por ciclistas e pedestres "transgressores".
Centenas de milhares de pedestres enfrentam a morte e o risco de incapacitação física por falta de programas que articulem soluções corretas urbanísticas e de engenharia nas travessias com comportamento consciente e responsável dos pedestres.
Há necessidade urgente de inovação tecnológica visando reduzir seus custos, aumentar a quantidade e melhorar sua qualidade e conforto. Faltam ainda pesquisas sobre preferências e desejos dos pedestres. Finalmente, devem ser criadas punições de aplicação viável aos pedestres que correm riscos desnecessariamente, comprometendo suas vidas e a do próximo.

EDUARDO DAROS, engenheiro com especialização em economia em Stanford (EUA), é presidente da Associação Brasileira de Pedestres.


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