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Nova faixa não desafogará Castello Branco
Concessionária começa construção, na região de Barueri, que será só um paliativo para minimizar trânsito freqüente no local
Obra amplia capacidade
da estrada a partir de 2007,
mas não será suficiente para
suportar toda a demanda de veículos que há no trecho
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
A concessionária ViaOeste
começou ontem as obras para a
construção da quarta faixa da
rodovia Castello Branco entre
os quilômetros 23 e 26, na região de Barueri (Grande São
Paulo), após cinco anos de
pressão de moradores, de usuários e até do Ministério Público
por intervenções que aliviassem os congestionamentos que
ocorrem no trecho.
A ampliação da capacidade
viária do local, que deve ficar
pronta até janeiro do próximo
ano, será só um paliativo à lentidão do trânsito, já que a demanda de veículos no local seguirá superior ao que a pista vai
suportar, conforme reconhece
a própria empresa.
Os custos da construção, no
valor de R$ 6 milhões, serão
bancados inicialmente pela
ViaOeste, que pretende, no entanto, buscar uma compensação do Estado.
Enquanto as obras estiverem
ocorrendo, deve haver transtornos para os usuários uma
vez que a faixa da esquerda permanecerá bloqueada em ambos os sentidos.
Acostamento
A concessionária vai improvisar o uso do acostamento como uma terceira faixa, mas prevê lentidão principalmente a
partir da semana que vem. Os
motoristas devem evitar trafegar nesse trecho nos horários
de pico -das 7h às 9h e das 17h
às 20h.
Ele está localizado, no sentido capital-interior, logo depois
de Alphaville e do final da marginal da Castello Branco. É
muito utilizado pelos motoristas que querem escapar dos pedágios da pista local. O tráfego
diário na região em obras é de
aproximadamente 170 mil veículos.
Cinco anos
A cobrança de soluções na
área se arrasta há quase cinco
anos. Segundo representantes
dos moradores, os níveis de
congestionamento na rodovia
se mantêm desde então acima
dos limites fixados pelos contratos de concessão da Castello,
feitos em 1998.
A ViaOeste se negava a fazer
as melhorias no local, conforme exigência contratual, sob a
alegação de que esse tráfego
não era rodoviário, mas urbano, de veículos que se deslocam
entre municípios próximos.
Após ser pressionada por meio
de ações judiciais e pela Promotoria, aceitou a possibilidade de fazer a ampliação quando
foi vendida ao grupo CCR
(Companhia de Concessões
Rodoviárias), em 2004.
Negociação
"A obra precisa ser feita de
qualquer jeito. Vamos tocar
primeiro e, depois, tentar negociar com a Artesp", afirmou
Francisco Mendes de Moraes
Neto, diretor da ViaOeste, em
referência à agência que regula
as concessões de estradas.
A Artesp informou que poderia se manifestar apenas hoje.
Segundo Moraes Neto, a demanda no local é de 8.000 veículos/hora nos picos, contra
uma capacidade atual de
5.500/hora -que subirá para
6.700/hora com a quarta faixa.
O diretor da ViaOeste reconhece que a obra não é uma solução definitiva para a lentidão.
O presidente da SIA (Sociedade Alphaville Tamboré), Guilherme Martinez, comemora a
ampliação, mas destaca suas limitações. "Não vai resolver de
vez, mas vai melhorar."
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