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Fumante não é barrado em terminais de ônibus
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DO "AGORA"
Os passageiros de ônibus fumaram ontem sem serem interrompidos nos terminais da
cidade. Embora sob a cobertura
das plataformas, não foram
abordados pelos fiscais.
A Secretaria de Estado da
Saúde disse, durante toda a tarde, que os terminais de ônibus
estavam sujeitos às novas regras da lei antifumo -e que,
portanto, era proibido fumar
nas suas dependências.
Já a SPTrans (empresa municipal que cuida do transporte
coletivo) dizia que havia consultado o Procon, que comparou os terminais com os pontos
de ônibus de rua -assim, o fumo estava liberado nas plataformas, que têm coberturas
mas são abertas nas laterais.
Já o Procon e a Secretaria de
Estado da Justiça disseram à
reportagem que os terminais
estão sujeitos à fiscalização e
que seria preciso avaliar cada
um para saber se, nesses locais,
a fumaça poderia se dissipar -o
que determina se o cigarro deve
ser proibido ou liberado.
Quando a Secretaria da Saúde soube do posicionamento do
Procon, voltou atrás e também
disse que é preciso ver caso a
caso antes de determinar se o
cigarro está proibido ou não.
A lei estadual prevê a restrição ao fumo em ambientes total ou parcialmente fechados,
de uso coletivo.
Enquanto isso, no terminal
Parque Dom Pedro 2º, no centro, por volta das 16h a reportagem flagrou ao menos dez pessoas fumando. Havia, inclusive,
fiscais das empresas de ônibus
com cigarros acesos.
Um funcionário disse que a
SPTrans não deu orientação
para proibir passageiros ou
funcionários de fumar nas plataformas. A única orientação,
disse ele, foi para não fumar nas
salas da administração.
A reportagem também flagrou fumantes nos terminais
João Dias, Grajaú e Santo Amaro. Só no terminal de Santo
Amaro os fumantes eram abordados e convidados a apagar o
cigarro. Nos outros dois, os fiscais afirmaram que não receberam orientação para abordar os
passageiros fumantes.
Não havia avisos de proibido
fumar nas plataformas. A sinalização vetando o fumo estava
no piso superior, próximo às bilheterias nos terminais João
Dias e Santo Amaro.
"Se tivesse alguma placa, eu
respeitaria. Mas não tem placa
e ninguém veio me pedir para
parar", diz o auxiliar Cleiton Alves, 27, que fumava na plataforma do Grajaú.
As estações do metrô e da
CPTM (Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos) ainda
não instalaram em todas as estações as placas obrigatórias
sobre a restrição ao fumo -que
devem seguir um padrão determinado pelo governo do Estado. As duas empresas disseram
que mandaram fazer as placas
no formato correto. Nos dois
locais o fumo já é proibido.
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