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MARIO ERMÍRIO DE MORAES (1958-2009)
A simplicidade de um herdeiro da Votorantim
DA REPORTAGEM LOCAL
"Uma coisa que vou guardar dele é a simplicidade e a
humildade que tinha com todas as pessoas", diz o piloto
Mario Filho, 20, sobre o pai,
o engenheiro de metalurgia
Mario Ermírio de Moraes.
Filho de Antônio Ermírio
de Moraes, dono do Grupo
Votorantim, Mario era apaixonado por criação de gado.
Podia ficar sujo de barro da
cabeça aos pés, que não ligava para o que podiam pensar.
O filho lembra quando,
certa vez, almoçou com os
amigos na fazenda da família, e o pai surgiu com a calça
rasgada, após pescar. Tendo
a atenção chamada pelo filho, brincou: "Não preciso
me vestir de terno porque
seus amigos estão aqui".
Formado pela Colorado
School of Mines, nos EUA,
foi diretor da Cia. Mineira de
Metais, da Mineração Morro
Agudo e da Cia. Santa Cruz
de Energia. Entre 1995 e
2003, atuou como vice-presidente do hospital Beneficência Portuguesa de SP.
Nos últimos tempos, dedicou-se a suas fazendas, até
descobrir, há alguns anos,
um tipo raro de câncer linfático. Foi se tratar nos EUA,
onde passou por um transplante de medula óssea.
O filho, que corre na Fórmula Indy, conta que sua relação com o pai se intensificou muito nos últimos meses
de luta contra a doença.
Após vários tratamentos,
Mario voltou ao Brasil para
ficar perto da família e, especialmente, do pai. Morreu na
quarta, aos 51, deixando viúva e três filhos. A missa de sétimo dia será hoje, às 11h, na
igreja N. Sra do Brasil, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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