São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2011

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PMs são suspeitos de extorquir dinheiro

Grampos telefônicos mostram negociação de propina para permitir despejo de entulho em área preservada

Policiais não foram localizados pela Folha; chefe de gabinete de Itapecerica da Serra nega as acusações


ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Escutas telefônicas feitas pela Polícia Civil com autorização da Justiça flagraram um esquema de corrupção em que quatro militares da Polícia Ambiental de SP são acusados de exigir propina para permitir que caminhões despejassem clandestinamente toneladas de entulho em áreas protegidas.
Os PMs Marcelo Braz e Fabio Lino dos Santos foram gravados ao discutir como repartir a propina. Também são acusados os policiais Edson Luiz Carnelós e Júlio Cesar Valente. A PM não deu os contatos dos acusados.
A suspeita é de que eles cobravam de R$ 15 a R$ 20 para que cada caminhão com entulho descarregasse numa área de proteção ambiental que virou aterro clandestino.
Vereador em Itapecerica da Serra pelo PSB, o comerciante João Miranda de Oliveira também é acusado de participar do esquema. A Folha não o localizou.
Jaime Damasceno e Irineu Rodrigues Lermes, subprefeitos de Itapecerica, são acusados de cobrar propina com os PMs, assim como Heleno Antonio de Menezes, chefe de gabinete da prefeitura local. Os subprefeitos não foram localizados.
Menezes nega ter recebido propina e que tudo na Prefeitura de Itapecerica ocorre às claras. "Tanto é que o prédio aqui é todo de vidro, transparente, justamente para evitar esse tipo de coisa".


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