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Anac fere seu parecer ao afrouxar no inglês
Departamento técnico havia recusado pedido
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
Ao deixar pilotos da TAM
com nível de inglês inferior
ao exigido por normas de
aviação atuarem em voos internacionais, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) contrariou parecer do seu
departamento técnico.
Em 18 de março, o setor da
Anac responsável pelos testes de inglês foi contra pedido da associação dos tripulantes da TAM para abrandar
as regras, revela relatório a
que a Folha teve acesso.
Apesar do parecer, a agência deixou a TAM colocar pilotos com nível 3 (pré-operacional) de inglês em voos internacionais, desde que pilotassem só em solo brasileiro.
A medida contraria regras
nacional e internacional
-pilotos que atuam em voos
internacionais devem ter ao
menos nível 4 (operacional).
A Anac diz que não há evidência de infração e que a
TAM usa um piloto a mais do
que é obrigada -referindo-se
a outra norma, que trata do
número mínimo de pilotos-,
ainda assim só sobre o Brasil.
A TAM adotou o expediente após 13,8% de seus 370 pilotos de voos internacionais
terem sido reprovados no teste de inglês -foram do nível
4 para o 3. O índice mais novo
é de 5,2% que, diz a empresa,
inclui quem espera novo exame e os já aprovados que
aguardam a licença chegar.
O país deve cumprir a exigência de inglês desde 2009,
mas a TAM queria estender o
prazo até 2014. A Anac, porém, considerou que a extensão "conflitaria" com ações
que o Brasil adotou "frente à
comunidade internacional".
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