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Justiça liberta italiano que beijou a filha
De acordo com seu advogado, o turista, que havia sido preso em Fortaleza, se declarou "aliviado" e já retornou à Itália
Decisão que garantiu a libertação impõe não mudar de residência sem informar a Justiça e estar presente a todos os atos processuais
LUÍS CARLOS DE FREITAS
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM FORTALEZA
O turista italiano preso em
Fortaleza no dia 1º de setembro
por beijar na boca a filha de oito
anos foi solto ontem. O pedido
de relaxamento da prisão em
flagrante foi concedido pela juíza Cristiane Martins Pinto de
Faria, da 12ª Vara Criminal.
O advogado do turista, Flávio
Jacinto, disse que ele já estava a
caminho da Itália ontem. Pouco antes, no entanto, tinha dito
que o italiano iria para a casa de
parentes em Fortaleza. "A Itália é a residência dele, por isso
ele voltou de imediato para lá."
De acordo com o advogado,
ao saber da decisão da Justiça, o
italiano afirmou que se sente
"aliviado com a sensação de liberdade". Ainda segundo Flávio Jacinto, o turista afirmou
que agora terá a oportunidade
de provar sua inocência.
A decisão que garantiu a libertação do turista impõe condições, como não mudar de residência sem comunicar a Justiça. Outra exigência é estar
presente a todos os atos processuais até o julgamento do caso.
O turista estava, desde o último domingo, internado em um
hospital particular após sofrer
uma crise de hipertensão.
O nome do italiano não foi informado para preservar a identidade da criança. A mulher dele, que é brasileira, disse à polícia que o beijo era uma demonstração de carinho.
A prisão do turista italiano
foi um dos primeiros casos da
aplicação da nova lei que trata
dos crimes contra a dignidade
sexual e que amplia o conceito
de estupro. Se condenado, ele
pode cumprir pena de 8 a 15
anos de reclusão.
A denúncia partiu de um casal de turistas de Brasília que
disse ter visto o italiano beijando a filha na boca, por duas vezes, além de fazer carícias em
partes íntimas de menina, dentro de uma piscina. Ouvidos pela polícia, funcionários de uma
barraca de praia afirmaram que
não viram nada de anormal, segundo o advogado de defesa.
Colaborou a Folha Online
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