São Paulo, sexta-feira, 11 de setembro de 2009

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Justiça liberta italiano que beijou a filha

De acordo com seu advogado, o turista, que havia sido preso em Fortaleza, se declarou "aliviado" e já retornou à Itália

Decisão que garantiu a libertação impõe não mudar de residência sem informar a Justiça e estar presente a todos os atos processuais


LUÍS CARLOS DE FREITAS
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O turista italiano preso em Fortaleza no dia 1º de setembro por beijar na boca a filha de oito anos foi solto ontem. O pedido de relaxamento da prisão em flagrante foi concedido pela juíza Cristiane Martins Pinto de Faria, da 12ª Vara Criminal.
O advogado do turista, Flávio Jacinto, disse que ele já estava a caminho da Itália ontem. Pouco antes, no entanto, tinha dito que o italiano iria para a casa de parentes em Fortaleza. "A Itália é a residência dele, por isso ele voltou de imediato para lá."
De acordo com o advogado, ao saber da decisão da Justiça, o italiano afirmou que se sente "aliviado com a sensação de liberdade". Ainda segundo Flávio Jacinto, o turista afirmou que agora terá a oportunidade de provar sua inocência.
A decisão que garantiu a libertação do turista impõe condições, como não mudar de residência sem comunicar a Justiça. Outra exigência é estar presente a todos os atos processuais até o julgamento do caso.
O turista estava, desde o último domingo, internado em um hospital particular após sofrer uma crise de hipertensão.
O nome do italiano não foi informado para preservar a identidade da criança. A mulher dele, que é brasileira, disse à polícia que o beijo era uma demonstração de carinho.
A prisão do turista italiano foi um dos primeiros casos da aplicação da nova lei que trata dos crimes contra a dignidade sexual e que amplia o conceito de estupro. Se condenado, ele pode cumprir pena de 8 a 15 anos de reclusão.
A denúncia partiu de um casal de turistas de Brasília que disse ter visto o italiano beijando a filha na boca, por duas vezes, além de fazer carícias em partes íntimas de menina, dentro de uma piscina. Ouvidos pela polícia, funcionários de uma barraca de praia afirmaram que não viram nada de anormal, segundo o advogado de defesa.

Colaborou a Folha Online



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