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Megatraficante é suspeito de tramar morte de 7 policiais
Seis das sete vítimas foram mortas com o mesmo fuzil; crimes ocorreram entre março de 2009 e abril passado
Mário Arias, o Panelão, é acusado de traficar 1 tonelada de cocaína a cada mês em São Paulo, Minas, Rio e Paraná
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Apontado pela polícia como um dos maiores traficantes do país, Mário Sérgio
Arias, 53, o Panelão, é investigado sob a suspeita de ter
contratado um ex-PM matador de aluguel para assassinar um grupo de policiais de
quem queria se vingar.
Arias é suspeito de ligação
com a morte de três policiais
civis e quatro militares em
Santo André, Osasco e Santa
Isabel, na Grande SP.
Das vítimas, apenas o policial civil Douglas Noaldo Yamashita, 29, morto em abril,
não foi atingido com tiros de
uma única arma hoje procurada por toda a polícia paulista: um fuzil calibre .223.
As mortes foram entre
março de 2009 e abril deste
ano e são investigadas como
retaliação de Arias contra um
grupo de cinco policiais da
área do ABC paulista que
prendeu uma pessoa de sua
quadrilha com droga.
Segundo a polícia, depois
de supostamente cobrar propina, os policiais não devolveram a cocaína de Arias e
apenas aceitaram não mandar para a prisão a pessoa
que estava com a droga dele.
As autoridades ainda não
descobriram se os mortos tinham ligação com a possível
extorsão de dinheiro.
Daniel Marques de Camargo, advogado de Arias, informou que as suspeitas contra
ele "são absolutamente infundadas" e que "não consta
nenhum pagamento de propina a quem quer seja".
Dois dias após a morte do
policial civil Yamashita, o ex-PM Jairo Ramos dos Santos
foi preso em um hospital.
Ele confessou que o policial civil José Carlos dos Santos, 38, foi morto em março
de 2009 por engano.
Depois da morte de José
Carlos, sua casa foi invadida
por dois policiais civis que
quebraram paredes na busca
de R$ 300 mil que acreditavam estar escondidos lá. Um
dos invasores era o verdadeiro alvo do ex-PM Jairo.
Comparsas do ex-PM ligados à máfia que explora o jogo ilegal (bicho, bingo e caça-níqueis) e o tráfico de drogas têm ameaçado de morte
policiais que o investigaram
e o prenderam.
Arias é acusado pela polícia de traficar uma tonelada
de cocaína por mês.
No mês passado, dois acusados de ajudar Arias a traficar cocaína para São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais
e Paraná foram presos.
Três aviões usados pela
quadrilha de Arias para buscar cocaína na fronteira com
a Bolívia foram apreendidos
durante a operação.
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