São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2010

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Acidente entre trem e carro mata 1 no interior de SP

Colisão ocorreu em Ibaté, no mesmo trecho em que caminhão foi atingido por composição no último dia 30

Em Americana, onde acidente matou 15 na 4ª, motorista negou que alerta foi acionado, contradizendo vigia

DE RIBEIRÃO PRETO
DE SÃO PAULO
DO "AGORA"

A colisão de um carro e um trem matou na noite de anteontem Jaqueline Viviane dos Santos, 26, em Ibaté (247 km de SP). Foi o segundo acidente no local em duas semanas -no dia 30, uma composição atingiu um caminhão.
Na quarta passada, uma colisão semelhante, entre um trem e um ônibus, deixou nove mortos e 15 feridos em Americana (127 km de SP), na mesma linha férrea, de responsabilidade da concessionária ALL (América Latina Logística). Nos dois casos, não havia cancela.
O acidente em Ibaté ocorreu em uma passagem de nível no Jardim Popular. O maquinista, Rodrigo Toreti dos Santos, 32, afirmou à Polícia Militar que emitiu o aviso sonoro obrigatório.
O motorista Odair dos Santos Lima, 47, não teria respeitado o alerta. O maquinista tentou frear o trem, que ia de Araraquara e para São Carlos, mas acabou atingindo o veículo, arrastando-o por aproximadamente 250 m.
Jaqueline estava no banco do passageiro, lado do carro que foi atingido pelo trem. Ela morreu na hora. Lima está internado em estado grave na Santa Casa de São Carlos.
De acordo com Regis Peixe, gerente de operações da ALL, a empresa solicitou uma cancela no local.

AMERICANA
Em Americana, o motorista do ônibus, Alonso de Carvalho, 51, negou à polícia que as sinalizações sonora e luminosa de aproximação do trem foram acionadas antes da passagem do veículo.
Conforme o depoimento, os sinais foram emitidos quando o ônibus já estava sobre a linha férrea e não houve tempo de reação.
O funcionário da prefeitura que vigiava o cruzamento contesta essa versão. Em depoimento anteontem, disse que acionou o alerta antes da travessia do ônibus e gesticulou para que ele parasse.
Segundo o delegado Claudiney Albino Xavier, os depoimentos foram contraditórios. "Alonso afirmou que as sinalizações sonora e visual não funcionaram. No entanto, dois guardas municipais, que estavam no local, e o vigia afirmaram que os sinais de alerta foram acionados."
A polícia vai ouvir, na segunda, o maquinista e um operador de tráfego da ALL e, ainda na semana que vem, passageiros sobreviventes.


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