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Acidente entre trem e carro mata 1 no interior de SP
Colisão ocorreu em Ibaté, no mesmo trecho em que caminhão foi atingido por composição no último dia 30
Em Americana, onde acidente matou 15 na 4ª, motorista negou que alerta foi acionado, contradizendo vigia
DE RIBEIRÃO PRETO
DE SÃO PAULO
DO "AGORA"
A colisão de um carro e um
trem matou na noite de anteontem Jaqueline Viviane
dos Santos, 26, em Ibaté (247
km de SP). Foi o segundo acidente no local em duas semanas -no dia 30, uma composição atingiu um caminhão.
Na quarta passada, uma
colisão semelhante, entre
um trem e um ônibus, deixou
nove mortos e 15 feridos em
Americana (127 km de SP), na
mesma linha férrea, de responsabilidade da concessionária ALL (América Latina
Logística). Nos dois casos,
não havia cancela.
O acidente em Ibaté ocorreu em uma passagem de nível no Jardim Popular. O maquinista, Rodrigo Toreti dos
Santos, 32, afirmou à Polícia
Militar que emitiu o aviso sonoro obrigatório.
O motorista Odair dos Santos Lima, 47, não teria respeitado o alerta. O maquinista
tentou frear o trem, que ia de
Araraquara e para São Carlos, mas acabou atingindo o
veículo, arrastando-o por
aproximadamente 250 m.
Jaqueline estava no banco
do passageiro, lado do carro
que foi atingido pelo trem.
Ela morreu na hora. Lima está internado em estado grave
na Santa Casa de São Carlos.
De acordo com Regis Peixe, gerente de operações da
ALL, a empresa solicitou
uma cancela no local.
AMERICANA
Em Americana, o motorista do ônibus, Alonso de Carvalho, 51, negou à polícia que
as sinalizações sonora e luminosa de aproximação do
trem foram acionadas antes
da passagem do veículo.
Conforme o depoimento,
os sinais foram emitidos
quando o ônibus já estava sobre a linha férrea e não houve
tempo de reação.
O funcionário da prefeitura que vigiava o cruzamento
contesta essa versão. Em depoimento anteontem, disse
que acionou o alerta antes da
travessia do ônibus e gesticulou para que ele parasse.
Segundo o delegado Claudiney Albino Xavier, os depoimentos foram contraditórios. "Alonso afirmou que as
sinalizações sonora e visual
não funcionaram. No entanto, dois guardas municipais,
que estavam no local, e o vigia afirmaram que os sinais
de alerta foram acionados."
A polícia vai ouvir, na segunda, o maquinista e um
operador de tráfego da ALL e,
ainda na semana que vem,
passageiros sobreviventes.
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