São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Metrô é 21 min mais rápido que carro da Luz ao Butantã

Mais duas estações da linha 4-amarela começam a funcionar nesta quinta-feira

Estações República e Luz serão inauguradas nesta semana; 4 linhas principais passam a estar interligadas

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

Magda Boglar, 63, é professora de ioga, mas nem assim tem conseguido relaxar com a piora mais recente do trânsito perto de casa, no Butantã, zona oeste de SP -agravado por mudanças viárias e obras no corredor de ônibus Campo Limpo/Rebouças.
A partir da próxima quinta, dia 15, é provável que ela leve menos tempo para ir ao centro da capital paulista do que para se deslocar aos extremos do seu próprio bairro.
Com uma condição: terá que deixar seu automóvel na garagem e andar de metrô. Após décadas de espera, as estações Luz e República da linha 4-amarela vão finalmente abrir as suas portas. Com elas, as quatro principais linhas do metrô de São Paulo estarão diretamente integradas em uma rede, e a viagem da Luz ao Butantã poderá ser feita em 12 minutos.
O mesmo percurso de carro, num dia normal, leva 33 minutos no fim da tarde, conforme projeção a partir de medições da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). De ônibus, são 55 minutos.
Na prática, quem optar pelo metrô pode ter uma economia de tempo de até 64% em relação ao percurso de automóvel e de até 78% ante os deslocamentos nos ônibus.

MIGRAÇÃO
Amanhã, a linha 4 já passa a operar em período integral, das 4h40 à 0h, de segunda a sexta (aos sábados, até a 1h) entre as estações Butantã e Paulista -que funcionavam apenas até as 21h.
A expectativa da professora Magda de viajar de metrô para ver concertos musicais no centro ainda não será atendida porque, em Luz e República, será parcial por enquanto, das 10h às 15h. A previsão é ampliar esse horário em semanas.
A migração de usuários de carro e de ônibus ao metrô deve ser potencializada tanto pela ampliação da linha 4 como pelos transtornos no sistema viário da Francisco Morato/Rebouças/Consolação previstos até maio de 2012.
Nos últimos quatro meses, esse trajeto pela superfície, similar ao subterrâneo da linha 4, tem piorado devido à reforma do corredor de ônibus.
Em agosto, após uma primeira extensão do horário da linha, houve queda de 6% dos passageiros na pista exclusiva (25 mil a menos por dia em relação a agosto de 2010).
Mas quem já aderiu ao metrô também cobra melhorias. O advogado Cristiano Camargo, 26, por exemplo, pede plataformas maiores e mais escadas rolantes na linha 4 para suprir a nova demanda de passageiros que está por vir.


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