As 9 cidades da Baixada Santista podem enfrentar problemas no abastecimento<

Baixo índice do manancial impede que a água seja bombeada para locais mais distantes; estiagem nesta época é considerada atípica

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

As nove cidades da Baixada Santista correm o risco de enfrentar falta d'água no feriado de 12 de outubro, de acordo com a Sabesp, devido aos baixos índices pluviométricos.
O Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) prevê sol e calor no feriado em todo o Estado. No domingo deve haver pancadas de chuva. Até lá, a Ecovias (concessionária do sistema Anchieta-Imigrantes) estima que até 330 mil veículos desçam a serra. Ao todo, 1,2 milhão de carros devem deixar São Paulo rumo ao litoral e ao interior -a frota da cidade é de 5,2 milhões de carros.
O nível do manancial da Baixada Santista é considerado baixo para a época. Não há pressão para bombear a água a bairros distantes, o que causa problemas pontuais.
"Neste ano, o período seco, que normalmente vai de abril a setembro, está acontecendo de uma forma atípica e está se prolongando outubro adentro", afirmou o superintendente regional da Sabesp na Baixada Santista, Reynaldo Young.
Em setembro, a média de chuva na Baixada Santista (30,8 mm) foi 80,9% menor que a do mesmo período de 2006, segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Young pede que moradores e turistas façam uso racional da água. A expectativa, disse, é que os índices pluviométricos voltem ao normal a partir da segunda quinzena deste mês.
Por causa da estiagem, a Sabesp registrou queda no abastecimento de água em toda a Baixada Santista (Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão, Bertioga, Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém e Guarujá).
Guarujá foi a mais prejudicada: a distribuição do sistema Jurubatuba caiu pela metade -de 1.400 para 720 litros por segundo. Young diz que isso ocorre pelas características do manancial, mais rochoso, acumulando menos água.