São Paulo, quinta-feira, 11 de outubro de 2007

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SulAmérica vai cobrar reajuste atrasado

Operadora derrubou na Justiça liminar de 2005 que limitou em 11,69% o aumento de planos de saúde não adaptados à lei do setor

Reajuste de 12,9% para 192 mil segurados será retroativo a julho de 2005 e incidirá também sobre a mensalidade de novembro

DA REPORTAGEM LOCAL

A SulAmérica ganhou na Justiça o direito de cobrar retroativamente um aumento de 12,9% de 192 mil segurados de planos de saúde no Estado de São Paulo que não se adaptaram à lei nš 9.656 de 1998. Até o final de janeiro, os usuários receberão um demonstrativo informando a diferença devida. Não serão considerados juros e encargos.
A seguradora derrubou na Justiça uma liminar conseguida pelo Ministério Público de São Paulo que determinava um aumento máximo de 11,69% em 2005, quando a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizava 26,10% em um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), firmado em 2004 com várias operadoras. O documento definiu a metodologia para reajustar planos não-adaptados à lei nš 9.656, que regulou o mercado das operadoras.
Com a decisão da Justiça de São Paulo, transitada em julgado no início deste ano, a seguradora vai cobrar os valores retroativos de julho de 2005 até agora. A SulAmérica vai aumentar também o valor das mensalidades em 12,9% já a partir de novembro.
Em junho, a empresa firmou um acordo com o Ministério Público com o objetivo de minimizar o impacto das cobranças, segundo o diretor de operações de saúde, Marco Antonio Antunes. "Haverá três opções de pagamento: à vista, em duas ou seis vezes", afirma. Quem não tem mais plano não pagará por não possuir saldo devedor.

Outros Estados
Diferentemente de São Paulo, na Bahia e no Rio de Janeiro a Justiça também impediu o reajuste de 26,10%, mas os casos ainda não tiveram decisão judicial definitiva. Nos outros Estados, os clientes já tiveram suas mensalidades reajustadas.
A maioria dos processos começou em 2004, quando as operadoras apresentavam propostas de reajustes. A SulAmérica, por exemplo, pedia 47,9%, segundo o promotor do Consumidor do Ministério Público de São Paulo, Marcos Barreto.
Juntamente com a SulAmérica, outras operadoras como as do Bradesco e Itaú firmaram o mesmo TAC. A Bradesco Saúde informou ontem que "a questão [que limita o reajuste das operadoras] está "sub judice" no Tribunal de São Paulo". Já o Itaú disse que divulgaria hoje informações sobre uma eventual disputa judicial para o reajuste dos planos de saúde.


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