São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2008

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Água Branca ganha praça planejada só para idosos

Com aparelhos específicos, espaço foi projetado para fortalecer a musculatura e o equilíbrio dos idosos

Governo do Estado afirma que irá construir mais praças para idosos, porém, não há um cronograma definido para o início das obras

TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Assim que o acesso à praça do Idoso foi liberado, uma fila se formou bem em frente às bicicletas ergométricas com bancos de madeira. "Pedalar é uma delícia para mexer o esqueleto", dizia o aposentado Osmar dos Santos, 63.
Inaugurada ontem, no Dia Internacional do Idoso, a praça, localizada no Parque da Água Branca (zona oeste da cidade), é a primeira do Estado feita especialmente para as pessoas da terceira idade.
Ela foi projetada para ajudar a fortalecer a musculatura e o equilíbrio dos idosos, prevenindo quedas e fraturas, maior causa de internação entre os maiores de 65 anos, explica o chefe do ambulatório de clínica médica do Hospital Universitário da USP, Egídio Lima Dórea, que idealizou o projeto.
"São exercícios que existem em unidades de reabilitação só que não têm carga." No local, foram colocados 14 aparelhos para punho, ombro, antebraço e perna. Não haverá instrutor para orientar sobre o uso dos equipamentos. O médico diz que foram postas placas informativas ao lado dos aparelhos para auxiliar os praticantes.
O governo do Estado, que construiu a praça, não soube precisar o custo do projeto. Novas praças para idosos devem ser implementadas, mas não há um cronograma para o início das obras.
Os primeiros usuários do local aprovaram, mas reclamaram de não existirem mais espaços parecidos. "Faltam atividades para idosos", lamenta Santos, que mora em São Miguel Paulista (zona leste de SP).
Apesar de achar que a iniciativa é positiva, a professora do departamento de fisioterapia da USP Amélia Pasqual Marques faz um alerta. "Antes, é preciso fazer um diagnóstico de como está a situação daquele indivíduo para se fazer um programa de exercício correto."
Dórea diz que metade das pessoas com mais de 80 anos sofrem quedas. Até um ano após a primeira queda, 60% costumam cair de novo. Internações por quedas causadas por escorregão ou tropeço foram o quarto maior custo do SUS em 2007 (R$16,8 milhões), de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.


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