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Água Branca ganha praça planejada só para idosos
Com aparelhos específicos, espaço foi projetado para fortalecer a musculatura e o equilíbrio dos idosos
Governo do Estado afirma que irá construir mais praças para idosos, porém, não há um cronograma definido para o início das obras
TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Assim que o acesso à praça do
Idoso foi liberado, uma fila se
formou bem em frente às bicicletas ergométricas com bancos de madeira. "Pedalar é uma
delícia para mexer o esqueleto", dizia o aposentado Osmar
dos Santos, 63.
Inaugurada ontem, no Dia
Internacional do Idoso, a praça,
localizada no Parque da Água
Branca (zona oeste da cidade),
é a primeira do Estado feita especialmente para as pessoas da
terceira idade.
Ela foi projetada para ajudar
a fortalecer a musculatura e o
equilíbrio dos idosos, prevenindo quedas e fraturas, maior
causa de internação entre os
maiores de 65 anos, explica o
chefe do ambulatório de clínica
médica do Hospital Universitário da USP, Egídio Lima Dórea,
que idealizou o projeto.
"São exercícios que existem
em unidades de reabilitação só
que não têm carga." No local,
foram colocados 14 aparelhos
para punho, ombro, antebraço
e perna. Não haverá instrutor
para orientar sobre o uso dos
equipamentos. O médico diz
que foram postas placas informativas ao lado dos aparelhos
para auxiliar os praticantes.
O governo do Estado, que
construiu a praça, não soube
precisar o custo do projeto. Novas praças para idosos devem
ser implementadas, mas não há
um cronograma para o início
das obras.
Os primeiros usuários do local aprovaram, mas reclamaram de não existirem mais espaços parecidos. "Faltam atividades para idosos", lamenta
Santos, que mora em São Miguel Paulista (zona leste de SP).
Apesar de achar que a iniciativa é positiva, a professora do
departamento de fisioterapia
da USP Amélia Pasqual Marques faz um alerta. "Antes, é
preciso fazer um diagnóstico de
como está a situação daquele
indivíduo para se fazer um programa de exercício correto."
Dórea diz que metade das
pessoas com mais de 80 anos
sofrem quedas. Até um ano
após a primeira queda, 60%
costumam cair de novo. Internações por quedas causadas
por escorregão ou tropeço foram o quarto maior custo do
SUS em 2007 (R$16,8 milhões),
de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.
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