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Animais são considerados de espécie exótica
DA REPORTAGEM LOCAL
O javali está entre as 100 piores
espécies exóticas invasoras do
mundo, segundo a União Internacional de Conservação da Natureza. "Ele tem uma ação muito
impactante porque, ao fuçar no
solo, causa estragos grandes, destrói a regeneração da vegetação.
Além disso, compete com o porco-do-mato, que é uma espécie
nativa", afirma Sílvia Ziller, presidente do Instituto Horus.
O instituto realizou um levantamento inédito no país sobre a presença de espécies exóticas invasoras, considerada uma das principais causas de diminuição da biodiversidade no planeta. As formas
como uma espécie pode prejudicar a conservação de outras passa
por inúmeros aspectos, da competição direta por alimento e abrigo à transmissão de doenças que,
embora não causem nenhum
problema a um animal, podem
ser fatais para outros.
Segundo o estudo desenvolvido
pelo instituto, pelo menos 103
unidades de conservação do país
têm, hoje, plantas e animais invasores. O controle dessas espécies,
diz Ziller, é praticamente inexistente. "Falta conhecimento científico de base", afirma.
Como exemplo dessa invasão,
Ziller cita a gramínia Annonni, da
África do Sul, que começou a ser
utilizada no Rio Grande do Sul como opção de forragem para o gado -depois, perceberam que o
animal não difere bem esse tipo
de planta e, em 1979, a comercialização da gramínia foi proibida.
Nos anos 80, ela ocupava cerca de
30 mil hectares. Hoje, está presente em 1 milhão de hectares.
A analista ambiental Lélia Pinto,
do Ibama de Bauru, compara o
combate ao trabalho feito em relação ao caramujo gigante africano, que também é uma espécie
exótica invasora.
O trabalho começou em novembro de 2004. Essa foi a primeira espécie a ser combatida pelo
órgão. O javali é a segunda e já há
estudos para combater a lebre européia, que tem gerado danos na
região de Botucatu.
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