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Maioria dos aeroportos da Copa de 2014 opera no limite
Sindicato das empresas afirma temer veto da Anac a novos voos
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
Nove dos 15 aeroportos situados nas cidades-sede da Copa de 2014 têm mais aviões no
solo do que posições de estacionamento no pátio no horário de
pico. Os dados constam de um
estudo feito por Elton Fernandes, da Coppe/UFRJ e presidente da Sociedade Brasileira
de Pesquisa em Transporte Aéreo, com apoio do Snea (sindicato das empresas aéreas).
O pesquisador analisou o número de voos autorizados nos
cinco minutos mais críticos de
cada aeroporto nas sextas-feiras de outubro. O problema foi
maior em Guarulhos, Congonhas e Brasília, que tinham,
respectivamente, 12, dez e nove
aeronaves a mais do que posições para estacionamento.
Para o diretor técnico do
Snea, comandante Ronaldo
Jenkins, isso pode travar o desenvolvimento do mercado aéreo nacional, que, até novembro, cresceu 15,6% sobre igual
período de 2008.
Ele teme que, com os pátios
dos aeroportos perto da capacidade máxima, a Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) deixe de autorizar novos voos nos
horários de maior demanda.
A Anac afirmou que, sempre
que recebe um pedido de autorização de novo voo, requisita
parecer técnico à Infraero. Disse ainda que, nos aeroportos de
Congonhas e de Guarulhos, já
há restrição a novos voos.
A Infraero não se manifestou
até a conclusão desta edição.
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