São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

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ESTRADAS

Tamoios terá pedágio depois de duplicação

DA REPORTAGEM LOCAL

A rodovia dos Tamoios, um dos principais acessos ao litoral norte de São Paulo, terá duas praças de pedágio depois de sua duplicação completa, no planalto e na serra, a partir de 2008, conforme prevê a gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Os postos de cobrança estão planejados na retomada no programa de concessões rodoviárias pelo Estado, que englobará ainda as estradas Ayrton Senna-Carvalho Pinto e Dom Pedro 1º, hoje administradas pela Dersa. O edital a ser lançado neste ano prevê que a empresa que assumir essas rodovias, incluindo a Tamoios, terá de investir R$ 1,38 bilhão.
A implantação dos pedágios contraria, entretanto, a previsão inicial da gestão Alckmin. O secretário dos Transportes, Dario Rais Lopes, ao anunciar, em janeiro de 2004, a intenção de conceder a Ayrton Senna-Carvalho Pinto e a Dom Pedro 1º à iniciativa privada em troca da duplicação da Tamoios, descartava, em entrevista à Folha, a possibilidade de implantar postos de cobrança.
A estimativa da secretaria é que os pedágios custem, em valores de hoje, R$ 2,50, no trecho de planalto, e R$ 7, na serra da Tamoios. Os valores foram divulgados por Lopes ao jornal ""Valor Econômico" no final de 2004.
Segundo a assessoria de imprensa da pasta, os projetos no primeiro semestre de 2004 não incluíam a implantação de pedágio porque a intenção inicial era que a exigência de duplicação da rodovia dos Tamoios abrangesse somente os trechos de planalto da rodovia. Agora, também estão incluídas as obras na serra, onde há complicações ambientais.
A quantidade excessiva de praças de pedágio -que praticamente triplicou desde 1998- e as tarifas elevadas são as principais reclamações dos usuários desde a implantação do Programa de Concessões de Rodovias, que repassou para a iniciativa privada 3.500 km da malha rodoviária do Estado, de mais de 20 mil km.
A retomada do programa de concessões e a duplicação da Tamoios são dois planos prioritários do governo Alckmin desde a nomeação de Lopes para a Secretaria dos Transportes, há dois anos.


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