São Paulo, terça-feira, 12 de janeiro de 2010

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Personal trainer reprova aparelhos de exercícios do parque Ibirapuera

MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer exercício físico nos equipamentos instalados recentemente no parque Ibirapuera pode fazer mal à saúde, diz o personal trainer César Patti, que acompanhou a Folha ontem em visita ao local.
Os aparelhos da marca Physicus estão espalhados pelo parque e permitem alongamento e exercício muscular. Pelo menos 20 ficam nas proximidades da pista de cooper.
Uma das principais críticas de Patti se refere ao fato de os aparelhos não permitirem ajuste de altura e inclinação.
"São aparelhos limitados, que dificultam a execução correta dos movimentos", diz. Dependendo do tamanho de quem usa, o movimento não tem a amplitude necessária.
Problemas como esse podem causar lesões, dores musculares ou simplesmente fazer com que o usuário não alcance o objetivo da atividade.
Patti afirma que pelo menos os aparelhos de alongamento podem ser úteis. O profissional de educação física com especialização em fisiologia e treinamento pela Unifesp, no entanto, reclama da falta de informações de apoio ao usuário do parque.
Não há placas explicativas de como fazer as atividades. Quem se exercita tem que interpretar um desenho colado no aparelho. Tudo isso tomando cuidado para não escorregar no chão cheio de pedras, no caso dos aparelhos ao lado da pista de cooper.
"O correto seria ter um profissional orientando e corrigindo quando necessário. Nem que fosse durante uma parte do dia", afirma Patti.
O fisioterapeuta André Herrera, 33, que corre no parque, disse que os equipamentos do local são bons para alongar, mas prefere fazer outros exercícios na academia.
A Secretaria do Verde e Meio Ambiente da prefeitura, procurada às 16h de ontem, não comentou o assunto. Disse, por meio de sua assessoria, que não foi possível encontrar um responsável para fornecer as informações solicitadas.
Carlos Alberto Firmino, professor de educação física responsável por desenvolver os equipamentos da Physicus, afirmou que os equipamentos não visam ganho de massa muscular, mas exercitar os músculos, o que é benéfico principalmente para sedentários. "Ganha-se um pouco de tônus e resistência muscular."
Disse ainda que os produtos foram aprovados pela Comissão Permanente de Avaliação da prefeitura. Também foram vendidos em 2009 para mais de 400 prefeituras. Estão presentes, disse o professor, em quase toda a América do Sul.
Firmino criticou a prefeitura quanto à falta de um profissional auxiliando os usuários no local. Os equipamentos foram doados pela empresa.


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