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Alunos e pais compareceram às escolas ontem sem saber do adiamento das aulas
FERNANDO DONASCI
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Alunos de escolas estaduais
de São Paulo compareceram
ontem para o primeiro dia de
aula e foram surpreendidos
com a informação de que o início do ano letivo foi adiado para
o dia 16 de fevereiro.
Em pelo menos duas escolas
visitadas ontem na Barra Funda, zona oeste de São Paulo,
pais e alunos disseram que só
souberam da mudança por cartazes afixados na porta das unidades e reclamaram da falta de
divulgação pela Secretaria de
Estado da Educação.
Uma aluna do segundo ano
do ensino médio da escola Doutor Alarico Silveira, que não
quis se identificar, reclamou de
ter antecipado inutilmente o
retorno das férias no Rio de Janeiro. Ela disse que ficou, junto
com pelo menos outros dez alunos, esperando por cerca de 40
minutos na frente da escola até
descobrir que não haveria aula.
Na escola Conselheiro Antonio Prado, a mãe de dois estudantes reclamava que havia ido
ao local na semana passada e
recebido a confirmação de que
as aulas começariam ontem.
O início das aulas foi adiado
em razão de indefinições quanto à distribuição de aulas a professores temporários.
Segundo Hebe Tolosa, presidente da Associação de Pais e
Alunos do Estado de São Paulo,
a secretaria não se comunica
com seus alunos. "Ela [a secretaria] vive em uma ilha apartada da rede pública", afirma.
Para ela, o órgão poderia ter
feito anúncios na televisão para
informar os alunos. "A secretaria usa bem os canais de televisão para fazer propaganda institucional. Mas, para fazer um
comunicado importante aos
alunos, não", disse.
A Secretaria da Educação
disse lamentar o ocorrido e informou que todos os diretores
recebem as comunicações e
têm a função de informar os
alunos sobre mudanças.
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