DA REPORTAGEM LOCAL

A construtora Gattaz, responsável pelo edifício em construção, decidiu reforçar com 14 estacas a fundação do prédio comercial para evitar novos deslocamentos.
A obra será fiscalizada pela prefeitura, e os prédios interditados só serão liberados após aprovação, o que pode demorar de três a seis dias.
Em nota, entretanto, a empresa afirmou que só se pronunciará sobre o caso após laudo técnico (que deve sair em seis dias). Mesmo assim, informou que decidiu oferecer às famílias desalojadas R$ 100 por dia para cada morador. O dinheiro deverá ser usado para pagar o hotel.
Engenheiros da Gattaz estiveram desde a noite de anteontem nos dois prédios interditados conversando com moradores e funcionários.
Sem se identificar, um deles afirmou que a obra do prédio em construção está correta e o problema está na fundação do edifício comercial, feita 40 anos atrás.
O secretário especial de Controle Urbano da prefeitura, Orlando de Almeida, esteve no local ontem à tarde e explicou que a fundação do prédio comercial foi feita com um método que não utiliza estacas como os de atualmente. O sistema mais frágil, aliado a uma movimentação do solo, pode ter levado ao deslocamento do prédio.
O deslocamento de terra pode ter sido causado por um movimento natural do solo ou pelas obras.
"Na região, os prédios todos estavam em equilíbrio na terra que estava ali. Aí, vem outro prédio e mexe no subsolo. Pode haver desequilíbrio", afirmou Miriana Marques, diretora do Instituto de Engenharia.


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