São Paulo, domingo, 12 de março de 2006

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Laboratório faz 28 mil testes do pezinho por mês

DA REPORTAGEM LOCAL

O laboratório da Apae de São Paulo é o pioneiro na América Latina na realização do exame de triagem neonatal, mais conhecido como teste do pezinho. Mensalmente, faz 28 mil exames e figura entre os cinco maiores laboratórios do mundo nesse tipo de teste.
O exame, feito nas primeiras 48 horas de vida, previne doenças que podem levar ao retardo mental, como fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito, que afetam, respectivamente, um a cada 15 mil e um a cada 4.000 bebês.
No caso dos portadores de fenilcetonúria, o tratamento é uma dieta com baixa quantidade de proteína, sendo vetado todos os alimentos de origem animal.
Dentro da Apae, há uma cozinha experimental que produz, com ingredientes alternativos, alimentos sem proteína parecidos com os existentes no mercado.
O laboratório e a cozinha experimental são apenas dois exemplos de ações que a Apae de São Paulo promove fora da área de capacitação dos deficientes mentais para a inclusão nas escolas regulares e no mercado de trabalho.
Hoje, por exemplo, 63% da receita da Apae vem dos exames realizados no laboratório e outros 12% são obtidos por projetos de capacitação oferecidos às empresas que, por força de lei, precisam reservar de 2% a 5% de suas vagas a portadores de deficiência física ou mental.
Segundo o presidente da Apae, Fabio Ramazzini Bechara, a Apae tem caminhado para se tornar auto-sustentável, dependendo cada vez menos de doações. E está bem perto disso. Em 2005, 90% das receitas vieram de serviços oferecidos. O restante, de doações.


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