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VIOLÊNCIA
Sete carretas vindas de Manaus com aparelhos de televisão foram assaltadas na rodovia dos Bandeirantes
Quadrilha rouba o maior comboio em SP
RENATO KRAUSZ
da Reportagem Local
Sete carretas carregadas com
aparelhos de TV foram roubadas
anteontem à noite no km 19 da rodovia dos Bandeirantes, em Perus
(zona noroeste de São Paulo).
Esse foi o maior roubo da história em rodovias do Estado de São
Paulo, em número de veículos.
Até então, o maior comboio roubado de uma só vez foi de três carretas.
Os ladrões não conseguiram dirigir uma das carretas, que foi
abandonada, com a carga, na rodovia. Uma segunda foi localizada
na marginal Tietê, sem a carga.
O valor total transportado era de
R$ 1.079.525,56, segundo a transportadora responsável, a Sax Distribuição e Planejamento de
Transportes. Como um dos veículos foi recuperado com a carga, o
prejuízo foi de R$ 908.453.
O comboio estava vindo da Zona
Franca de Manaus e era escoltado
por dois seguranças da empresa
Valseg, num Fiat Uno.
Com um Tempra roubado, os ladrões abordaram a escolta e tomaram o Uno em Jundiaí (a 60 km de
São Paulo), quando as carretas haviam parado para passar na balança. O comboio seguiu e, cerca de
meia hora depois, o Uno ultrapassou as carretas e deu ordem para
que encostassem.
Sem saber o que estava acontecendo, os motoristas pararam e
foram rendidos por mais de 15 homens armados. Os sete caminhoneiros foram colocados espremidos no banco traseiro de um Opala
e foram liberados cerca de duas
horas depois, na avenida Ricardo
Jafet (zona sudeste de São Paulo).
De acordo com o advogado da
Sax, Norberto Bonavita, existem
vários mecanismos de segurança
utilizados para o transporte de
Manaus até São Paulo, mas mesmo assim é difícil evitar ataques
como esse. "As quadrilhas são altamente especializadas."
Para vir de Manaus, as carretas
gastam cinco dias na balsa no rio
Amazonas até Belém (PA) e mais
quatro dias na estrada.
"Existem nove pontos de apoio
pelo caminho, onde todos os motoristas telefonam e informam a
hora em que chegaram e a em que
saíram. Os comboios são acompanhados por escolta armada e algumas carretas têm monitoramento
por satélite", disse Bonavita.
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