São Paulo, quinta, 12 de março de 1998

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Carga roubada vai para lojas

da Reportagem Local

Cerca de 80% das cargas roubadas no Estado de São Paulo acabam sendo comercializadas pelas grandes redes de lojas, e não pelo comércio ilegal.
A informação é do delegado Marco Antônio Paula Santos, titular da delegacia de Roubos de Carga do Depatri (Departamento Estadual de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio).
"As lojas não agem de má fé. O que pode ocorrer é falta de cuidado por parte de algumas para checar a origem da mercadoria. A preocupação com o preço acaba prevalecendo."
Segundo Santos, o roubo de carga hoje é o tipo de crime que mais cresce. "É muito mais seguro roubar um caminhão com milhares de reais em carga do que um banco ou um carro-forte", afirmou.
Esse tipo de crime, diz o delegado, é dividido por várias quadrilhas. "Um bando cuida do ataque. Um outro, sem ligação com o primeiro, cuida do armazenamento da mercadoria. Um terceiro cuida da legalização da carga, com notas frias. O último é responsável pela distribuição nas lojas."
Santos afirmou que o roubo de anteontem não foi o maior de todos no valor roubado, mas, com certeza, foi o mais ousado. "Os ladrões ficaram 15 minutos com sete carretas paradas na estrada", disse. (RK)


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