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Carga roubada vai para lojas
da Reportagem Local
Cerca de 80% das cargas roubadas no Estado de São Paulo
acabam sendo comercializadas
pelas grandes redes de lojas, e
não pelo comércio ilegal.
A informação é do delegado
Marco Antônio Paula Santos,
titular da delegacia de Roubos
de Carga do Depatri (Departamento Estadual de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio).
"As lojas não agem de má fé.
O que pode ocorrer é falta de
cuidado por parte de algumas
para checar a origem da mercadoria. A preocupação com o
preço acaba prevalecendo."
Segundo Santos, o roubo de
carga hoje é o tipo de crime que
mais cresce. "É muito mais seguro roubar um caminhão
com milhares de reais em carga
do que um banco ou um carro-forte", afirmou.
Esse tipo de crime, diz o delegado, é dividido por várias
quadrilhas. "Um bando cuida
do ataque. Um outro, sem ligação com o primeiro, cuida do
armazenamento da mercadoria. Um terceiro cuida da legalização da carga, com notas
frias. O último é responsável
pela distribuição nas lojas."
Santos afirmou que o roubo
de anteontem não foi o maior
de todos no valor roubado,
mas, com certeza, foi o mais
ousado. "Os ladrões ficaram 15
minutos com sete carretas paradas na estrada", disse.
(RK)
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