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"Não haverá trégua", diz sindicalista
DA SUCURSAL DO RIO
O dirigente sindical Sérgio Paulo Aurnheimer Filho, 31, da coordenação do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), disse que não haverá trégua
com o governo de Benedita da Silva, porque os petistas já sabiam o
que iriam encontrar.
(FE)
Folha - Haverá trégua da greve
com o governo petista, que assumiu agora e está negociando com o
sindicato?
Sérgio Paulo Aurnheimer Filho -
Em princípio, a gente não tem
condições de colocar trégua, até
porque o movimento já tem mais
de 30 dias. No dia 21 de março, tivemos um encontro com a então
vice-governadora. Ela dizia que
não tinha informação sobre o
problema.
Folha - O sindicato não teme o
ônus de manter a greve?
Aurnheimer - Se o governo quisesse negociar, ele apresentaria
uma proposta concreta. O governo quer adiar a negociação. Ele está apresentando uma proposta de
criar uma comissão para estudar
as formas de pagamento.
Folha - O Sepe tem um ex-dirigente no secretariado de Benedita.
Os senhores esperavam outro rumo nas negociações?
Aurnheimer - Ficamos decepcionados. (...) A gente achava que esse governo entendia que, quando
tomou posse, encontrou uma categoria em greve. A governadora
recebeu [uma comissão do Sepe]
no primeiro dia útil. Esperávamos
que isso se cristalizasse numa
proposta. Como ela não foi feita, a
greve continua.
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