|
Texto Anterior | Índice
ARQUITETURA
Construção foi destruída para passagem do metrô
Palácio que já foi sede da Câmara e do Senado será reconstruído no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
O prefeito do Rio, Cesar Maia
(PFL), quer reconstruir o Palácio
Monroe, sede da Câmara dos Deputados e do Senado na época em
que o Rio era a capital federal. O
palácio foi erguido em 1904 e destruído em 1975 para a passagem
do metrô na cidade.
O palácio, feito para ser o pavilhão do Brasil na exposição universal de Saint Louis (EUA), foi
construído com uma estrutura
metálica leve para que pudesse ser
totalmente desmontado e reaproveitado no Brasil.
Os elogios à beleza da construção foram tantos que ela foi remontada no Passeio Público, no
Rio, em 1906, para sediar a Terceira Conferência Pan-Americana.
Batizada de Palácio Monroe pelo
barão do Rio Branco, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, tinha 18
metros de altura e ocupava uma
área de 1.700 metros.
Antes de ser destruído em outubro de 1975, sob protesto dos cariocas, o Palácio Monroe foi palco
de reuniões e banquetes oficiais,
além de ter sediado congressos e
convenções, e de ter sido sede do
extinto Ministério da Aviação e
do Estado-Maior das Forças Armadas.
Estudiosos da cidade, arquitetos e engenheiros manifestaram-se contra a destruição do palácio.
Na época, o Clube de Engenharia
e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro chegaram a redigir
documentos contra a derrubada
da construção.
A idéia de Cesar Maia é que a
parte externa do prédio seja cópia
idêntica do projeto original. A
área interna poderia ser planejada
de forma livre pelos arquitetos.
A utilização do novo palácio
ainda está sendo estudada. Cogita-se ele ser palco de cultos ecumênicos ou de exposições. O estudo da reconstrução será feito
pelas secretarias de Urbanismo e
das Culturas. Como a idéia é recente, a viabilidade, o custo e as
data de início e término da obra ainda estão sendo analisados.
Texto Anterior: "Não haverá trégua", diz sindicalista Índice
|