São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 2002

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ARQUITETURA

Construção foi destruída para passagem do metrô

Palácio que já foi sede da Câmara e do Senado será reconstruído no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), quer reconstruir o Palácio Monroe, sede da Câmara dos Deputados e do Senado na época em que o Rio era a capital federal. O palácio foi erguido em 1904 e destruído em 1975 para a passagem do metrô na cidade.
O palácio, feito para ser o pavilhão do Brasil na exposição universal de Saint Louis (EUA), foi construído com uma estrutura metálica leve para que pudesse ser totalmente desmontado e reaproveitado no Brasil.
Os elogios à beleza da construção foram tantos que ela foi remontada no Passeio Público, no Rio, em 1906, para sediar a Terceira Conferência Pan-Americana. Batizada de Palácio Monroe pelo barão do Rio Branco, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, tinha 18 metros de altura e ocupava uma área de 1.700 metros.
Antes de ser destruído em outubro de 1975, sob protesto dos cariocas, o Palácio Monroe foi palco de reuniões e banquetes oficiais, além de ter sediado congressos e convenções, e de ter sido sede do extinto Ministério da Aviação e do Estado-Maior das Forças Armadas.
Estudiosos da cidade, arquitetos e engenheiros manifestaram-se contra a destruição do palácio. Na época, o Clube de Engenharia e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro chegaram a redigir documentos contra a derrubada da construção.
A idéia de Cesar Maia é que a parte externa do prédio seja cópia idêntica do projeto original. A área interna poderia ser planejada de forma livre pelos arquitetos.
A utilização do novo palácio ainda está sendo estudada. Cogita-se ele ser palco de cultos ecumênicos ou de exposições. O estudo da reconstrução será feito pelas secretarias de Urbanismo e das Culturas. Como a idéia é recente, a viabilidade, o custo e as data de início e término da obra ainda estão sendo analisados.



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