|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIO
Josias Quintal também interditou parte de delegacia ligada à Polícia Civil
Secretário troca três da cúpula de segurança
MARIO HUGO MONKEN
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário de Segurança do
Rio, coronel Josias Quintal, afastou ontem o delegado titular da
Polinter (Polícia Interestadual) e
interditou o cartório e o depósito
de drogas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). As
duas medidas tornaram público o
rompimento entre Quintal e o
chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins,
no momento em que o Estado enfrenta uma grave crise na área de
segurança pública.
O titular da Polinter, Jader
Amaral, era considerado homem
de confiança de Lins. "Tive motivos para isso e ponto final", disse
Quintal, quando questionado sobre a demissão. "Discordo [da demissão". Foi injusto", rebateu
Lins. À noite, a governadora Rosinha Matheus (PSB) convocou os
dois para uma reunião no Palácio
Guanabara, sede do governo.
Sem consultar Lins, com quem
está rompido, Quintal fez de manhã uma visita surpresa à DRE,
que é administrada pela Polícia
Civil. Após a inspeção, Quintal
afirmou que "a DRE não é compatível com o projeto de segurança do atual governo". "A delegacia
não tem condições de funcionar.
Não tem a cara do novo governo."
O secretário afirmou que recomendou a Lins uma atenção especial a todas as delegacias especializadas, o que, segundo ele, não
aconteceu.
A interdição parcial da DRE
ocorreu um dia depois de Quintal
criticar o trabalho do serviço de
inteligência da Polícia Civil, que,
segundo ele, tem deixado vazar
informações sigilosas.
Ele responsabilizou Amaral,
exonerado da Polinter, pela divulgação, na semana passada, de
conversas gravadas de traficantes
em que combinavam um suposto
plano para matar Quintal e o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL).
Lins defendeu o delegado, que é,
segundo ele, um dos mais eficientes da corporação.
Ontem, também foram exonerados o chefe do Estado Maior da
Polícia Militar, coronel Jorge Ismael Horsae, e o corregedor da
corporação, Hudson de Mello. As
mudanças foram atribuídas a um
"reordenamento interno" na PM.
Texto Anterior: Violência: Câmera ligada à internet evita assalto Próximo Texto: Judiciário: TJ será informatizado até 2004 Índice
|