São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2004

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Embrião foi desenvolvido na Prefeitura de SP

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O embrião do projeto Universidade para Todos surgiu na gestão de Marta Suplicy, na Prefeitura de São Paulo. O atual secretário-executivo do Ministério da Educação, Fernando Haddad, era assessor do então secretário João Sayad (Finanças). A idéia de abrir vagas em instituições privadas por meio de incentivos fiscais virou lei municipal, mas não decolou.
Há pouco mais de dois meses, o ex-assessor do ministro Guido Mantega (Planejamento) Fernando Haddad foi convidado para assumir a secretaria executiva do MEC pelo próprio ministro Tarso Genro (Educação).
Um dos principais formuladores das PPPs (Parcerias Público-Privadas), que prevêem estimular os empresários a investir em áreas consideradas estratégicas pelo governo federal, em alguns casos mediante garantia de retorno financeiro, Haddad já havia começado a discutir com as universidades particulares a proposta de "estatizar" vagas ociosas ainda quando estava em seu antigo cargo, no Ministério do Planejamento.

Apoio
O atual secretário-executivo do MEC é bacharel em direito e doutor em filosofia. Professor universitário, Haddad não é ligado a entidades de classe.
Na defesa do programa Universidade para Todos, ele conta também com o apoio de integrantes do Ministério da Fazenda.
Em novembro do ano passado, a equipe do ministro Antonio Palocci divulgou documento em que estimulava a expansão do financiamento de vagas nas universidades privadas.
"A expansão dos empréstimos a estudantes de baixa renda, com taxas subsidiadas permitiria ampliar o acesso de estudantes de baixa renda ao ensino superior com custos mais reduzidos para o setor público", diz o documento, que critica os gastos públicos com as instituições federais.
Para o Ministério da Fazenda, parte do dinheiro aplicado nas universidades públicas beneficiam apenas os estudantes considerados mais ricos.


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