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Rio e União foram ineficientes na prevenção, diz CNBB
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) acusou a prefeitura e o Estado do
Rio, além do governo federal,
de ineficiência na prevenção da
epidemia de dengue.
Em reunião do secretariado
do governador Sérgio Cabral
(PMDB) com cerca de 2.000
funcionários do Estado, o bispo
Fillipo Santoro, secretário da
regional Leste 1 da CNBB, leu
nota em que os bispos da Diocese do Rio afirmaram que faltou às três esferas de governo
uma atitude "firme e imediata"
no combate à dengue.
"Impressiona-nos o fato de
que, nos últimos anos, vimos
nos deparando com surtos da
doença, cujos números, em ritmo ascendente, exigiam atitude firme e imediata, especialmente das autoridades competentes, para que se evitasse a
epidemia", informou a nota assinada pela CNBB. "Essa atitude, infelizmente, não foi assumida com a suficiente prontidão e eficiência."
Os bispos condenaram as
trocas de acusações sobre responsabilidades na epidemia,
protagonizadas, principalmente, pelo ministro José Gomes
Temporão (Saúde) e pelo prefeito Cesar Maia (DEM).
"É lamentável o espetáculo
de recíprocas acusações dos vários poderes, municipal, estadual e federal, em lugar de assumirem a própria responsabilidade e comprometerem-se diretamente para a solução do
problema", diz trecho do documento da CNBB.
A nota que a entidade emitiu
faz menção, ainda, às eleições
municipais deste ano, ao pedir
que, na hora de votar, moradores do Estado do Rio "tenham
em mente a dor dos que procuram inutilmente o atendimento médico, a situação lamentável dos que moram no meio de
insalubridade estrutural e, acima de tudo, as lágrimas dos que
ficam marcados pela saudade
daqueles que a dengue levou do
nosso convívio".
A Secretaria Municipal de
Saúde e o Ministério da Saúde
disseram que não iriam se pronunciar sobre a nota.
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