São Paulo, sábado, 12 de abril de 2008

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Lei devia valer para outras áreas, diz fashionista

DA AGÊNCIA FOLHA

Marcelo Fagundes, coordenador do Floripa Fashion, principal evento de moda em Santa Catarina, questionou o projeto de lei aprovado pelos deputados do Estado. Afirmou que, embora tenha "aspectos importantes", a proposta deveria abranger outras profissões.
"Entre as meninas que morreram de anorexia no país nos últimos anos, estava uma nutricionista, uma estudante de psicologia, uma bancária e uma modelo. Ou seja, essa lei deveria valer para todas as profissões. Por serem visados pela mídia, fica parecendo que agências e produtores de moda são os grandes responsáveis por esses problemas", disse.
Fagundes participou de audiência pública sobre o tema. Para ele, porém, a discussão ocorreu tarde. Segundo Fagundes, o IMC não pode ser considerado o único critério para avaliar a saúde. "Há muita gente com IMC maior de 18 e que não é saudável."
Para o psiquiatra Luiz Rath, que também participou das discussões, a medida é positiva. Coordenador do ambulatório de transtornos alimentares do hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, ele disse esperar que, caso seja sancionada, a lei "possa coibir as exigências de uma magreza extrema, doente".
O diretor da agência Mega em Santa Catarina, César Moreira, disse que o projeto precisa ser aperfeiçoado.
"Acho que uma menina, apresentando um atestado médico que a saúde dela esteja perfeita, está apta a trabalhar. Como a gente irá impedir?"
Ele disse que, no Estado, a agência tem cerca de 200 modelos em seu casting, das quais 20% estaria com o IMC abaixo do número estabelecido pelo projeto. (JER E MP)


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