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Lei devia valer para outras áreas, diz fashionista
DA AGÊNCIA FOLHA
Marcelo Fagundes, coordenador do Floripa Fashion, principal evento de moda em Santa
Catarina, questionou o projeto
de lei aprovado pelos deputados do Estado. Afirmou que,
embora tenha "aspectos importantes", a proposta deveria
abranger outras profissões.
"Entre as meninas que morreram de anorexia no país nos
últimos anos, estava uma nutricionista, uma estudante de psicologia, uma bancária e uma
modelo. Ou seja, essa lei deveria valer para todas as profissões. Por serem visados pela
mídia, fica parecendo que agências e produtores de moda são
os grandes responsáveis por esses problemas", disse.
Fagundes participou de audiência pública sobre o tema.
Para ele, porém, a discussão
ocorreu tarde. Segundo Fagundes, o IMC não pode ser considerado o único critério para
avaliar a saúde. "Há muita gente com IMC maior de 18 e que
não é saudável."
Para o psiquiatra Luiz Rath,
que também participou das discussões, a medida é positiva.
Coordenador do ambulatório
de transtornos alimentares do
hospital universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, ele disse esperar que, caso seja sancionada, a lei "possa
coibir as exigências de uma magreza extrema, doente".
O diretor da agência Mega
em Santa Catarina, César Moreira, disse que o projeto precisa ser aperfeiçoado.
"Acho que uma menina,
apresentando um atestado médico que a saúde dela esteja
perfeita, está apta a trabalhar.
Como a gente irá impedir?"
Ele disse que, no Estado, a
agência tem cerca de 200 modelos em seu casting, das quais
20% estaria com o IMC abaixo
do número estabelecido pelo
projeto.
(JER E MP)
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