São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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SEGURANÇA

Quadrilha alugou casa ao lado de empresa de transporte de valores, abriu um buraco na cozinha e fez 30 reféns

Grupo fura parede e rouba R$ 8,8 mi em SP

DO "AGORA"

Um grupo de assaltantes rendeu pelo menos 30 funcionários e roubou cerca de R$ 8,815 milhões da empresa de transporte de valores Rodoban, ontem, na Lapa (zona oeste de São Paulo). Os bandidos alugaram uma casa -por 12 meses e com registro em cartório- vizinha e abriram um buraco na parede para chegar ao local. Até as 23h de ontem, a polícia não havia identificado o responsável por alugar a casa usada na ação.
A fachada da Rodoban Transportes Terrestres e Aéreos, na rua Gago Coutinho, possuía o aparato de segurança que se espera de uma empresa do tipo: muros com quatro metros de altura, cerca eletrificada, várias câmeras e duas guaritas blindadas. Atrás, porém, não havia a mesma proteção.
A quadrilha, que havia alugado um sobrado no número 70 da rua Dom João 5º com a desculpa de que ali funcionaria um escritório de arquitetura, só precisou fazer um buraco na parede da cozinha para chegar a uma laje sobre a tesouraria da empresa.
Por volta da 1h, pelo menos dez bandidos passaram pelo buraco, chegaram à laje, desceram uma escada e invadiram a tesouraria, onde havia cerca de 30 funcionários. Eles ainda renderam três vigilantes e levaram armas.
Segundo o soldado Roberto Ferreira, da 1ª Companhia do 6º Batalhão da Polícia Militar, o chefe da tesouraria levou coronhadas na cabeça. Os criminosos usavam submetralhadoras equipadas com silenciadores. Para não despertar a atenção da vizinhança na saída, os ladrões vestiam uniformes semelhantes aos da empresa.
Após cerca de 40 minutos, os assaltantes trancaram as vítimas num cofre e saíram levando cerca de R$ 8,815 milhões em dinheiro, pela porta da frente.
No sobrado, a PM encontrou um buraco de cerca de um metro quadrado na parede da cozinha, no andar térreo. Os policiais apreenderam ainda uma marreta, um pé de cabra e um serrote.
A Rodoban foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até a conclusão desta edição, às 23h. O caso foi registrado no 7º DP (Lapa) e será investigado pelos investigadores do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado).


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