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"Dupla-porta" não é necessária com nova remuneração, diz ministro
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse ontem em São Paulo que, com as mudanças previstas na remuneração de hospitais
universitários públicos, a manutenção da "dupla-porta" -atendimento de convênios médicos
em unidades do SUS (Sistema
Único de Saúde)- deixará de ter
justificativa.
Costa anunciou ontem na capital paulista que inicialmente os 50
hospitais universitários federais
passarão a ser remunerados por
meio de contratos globais, e não
mais por produção.
Com isso, as unidades poderão
planejar melhor seus gastos e melhorar a integração com o SUS,
diz Amâncio de Carvalho, presidente da Abrahue (Associação
Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino). Segundo Carvalho, 15 unidades mantêm a dupla-porta como maneira de cobrir
déficits financeiros. Uma delas é o
Hospital São Paulo, ligado à Unifesp (Universidade Federal de São
Paulo), na zona sul da capital.
A intenção do ministério é estender paulatinamente a mudança na forma de remuneração aos
hospitais universitários públicos
estaduais e municipais, que são 54
unidades.
O ministério também deve auxiliar na viabilização de linhas de
financiamento para as unidades.
Só a dívida dos universitários federais ultrapassa os R$ 200 milhões -equivalente a meio ano
de faturamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A maior parte do déficit dos
universitários federais deve-se ao
fato desses utilizarem verba do
SUS para a contratação de funcionários terceirizados. Isso em razão do Ministério da Educação
não repor os quadros de pessoal.
De acordo com Carvalho, o ministro da Saúde afirmou que os
primeiros contratos devem ser
viabilizados até o próximo dia 10
de julho.
(FABIANE LEITE)
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