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EUA comemoram resultado de pesquisa
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
O governo americano lançou
campanha na mídia para comemorar os últimos resultados da
principal pesquisa com adolescentes do país, que indicou ligeira
redução do uso de drogas.
Apurado no ano passado, o levantamento "Monitoring the Future" (Monitorando o Futuro) dá
sinais de que a explosão no consumo de drogas de meados dos anos
90 pode estar sendo contida de
forma consistente.
Seu principal destaque é a queda na parcela de estudantes de 13
e 14 anos que já utilizaram alguma
droga na vida. Segundo a pesquisa, tal grupo corresponde a 24,5%
do total da faixa etária, o menor
número desde 1993 -em 1996,
chegou a ser de 31,2%.
Movimento semelhante é detectado também -e ainda em menor proporção- nas duas outras
faixas etárias da pesquisa (15-16
anos e 17-18 anos).
Financiado com uma bolsa federal, o levantamento é anual, feito desde a década de 70 pela Universidade de Michigan, no mesmo instituto que mede a confiança dos consumidores americanos.
Seus resultados são obtidos a
partir de entrevistas com 44 mil
estudantes, abrangência inigualada por outros levantamentos.
Segundo especialistas, a metodologia utilizada no levantamento favorece resultados mais precisos, já que as entrevistas são feitas
na escola, longe dos pais.
O governo americano destaca
como uma das possíveis causas da
queda seu investimento em propaganda e campanhas de conscientização. "No passado fomos
criticados por não estarmos agindo o suficiente para reduzir a demanda, mas acho que ninguém
mais pode nos criticar com razão
por não fazer o suficiente", diz
Rafael Lemaitre, do Escritório
Antidrogas da Casa Branca.
Analistas independentes, porém, são menos otimistas.
"Temos que ser cautelosos, não
sabemos se essa tendência vai se
manter", diz Susan Foster, da
Universidade Columbia. "Tranquilizantes e barbitúricos não
mostram a tendência decrescente,
a única coisa que mostram é um
pequeno aumento. Uma das
questões que temos que perguntar é se há alguma substituição em
andamento aqui."
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