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Primeiro policial vítima dos ataques, capitão quer voltar logo ao trabalho
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem a possibilidade de assistir a todos os jogos da seleção brasileira com a família
anima o capitão André Luiz
de Oliveira, 40. Primeira vítima dos ataques do PCC, no
dia 12 de maio, ele não vê a
hora de voltar ao trabalho.
"O tempo não passa. A gente
fica numa expectativa muito
grande para voltar à ativa."
O capitão passou por uma
cirurgia e agora faz fisioterapia intensiva. Ele foi baleado
na perna quando ajudava a
controlar uma rebelião no
presídio de Avaré -de onde
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da
facção, havia sido transferido um dia antes.
Em 20 anos como policial,
Oliveira nunca havia sido
atingido antes. Na tarde do
dia 12 de maio, estava em
serviço quando soube da rebelião. Foi destacado para ir
ao local, mas não imaginava
que estava vivendo o estopim de uma guerra entre criminosos e policiais.
Apoio oficial
A Associação de Funcionários da Polícia Civil de São
Paulo diz que parentes de
policiais mortos ainda não
receberam o auxílio-funeral
(dois salários), que costuma
sair em quatro dias úteis. O
major Sérgio Olímpio, da Associação de Oficiais da Polícia Militar de São Paulo, diz
que não há previsão para o
recebimento do seguro de vida (equivalente a R$ 100
mil), que, segundo o Estado,
será pago também a policiais
que não estavam em serviço.
A Secretaria da Segurança
Pública diz que já encaminhou os documentos para o
auxílio-funeral e o seguro de
vida e que as pensões dependem dos policiais darem entrada no pedido na Caixa Beneficente da polícia.
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