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Cremesp aponta 492 mortes no Estado em oito dias de ataques
DA REPORTAGEM LOCAL
Relatório que será divulgado
hoje pelo Cremesp (Conselho
Regional de Medicina de São
Paulo) mostra que ocorreram
492 mortes por arma de fogo no
Estado durante os primeiros
oito dias de ataques do crime
organizado, entre 12 e 19 de
maio. É uma média diária de 61
mortes -o triplo da média em
períodos normais.
A Folha já havia noticiado no
início do mês que o relatório
apontaria mais de 400 óbitos
no período, justamente o mais
sangrento da guerra deflagrada
pelo PCC (Primeiro Comando
da Capital) em São Paulo.
Entre as 492 mortes podem
estar vítimas atingidas por tiros de policiais que não foram
incluídas no balanço oficial da
Secretaria de Estado da Segurança Pública -que aponta para 123 pessoas, um número menor, por exemplo, do que o aferido pelo Ministério Público
Estadual, que soma três outros
nomes na lista.
As estatísticas do Cremesp
incluem todas as pessoas mortas por arma de fogo, inclusive
possíveis casos de suicídio. Logo, nem todas as vítimas estão
relacionadas com os ataques do
PCC e com a reação policial.
No relatório do conselho de
medicina constará a data da
ocorrência, o município do Estado onde ela ocorreu e a região
de registro do óbito, além dos
nomes das vítimas.
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