São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2006

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Cremesp aponta 492 mortes no Estado em oito dias de ataques

DA REPORTAGEM LOCAL

Relatório que será divulgado hoje pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) mostra que ocorreram 492 mortes por arma de fogo no Estado durante os primeiros oito dias de ataques do crime organizado, entre 12 e 19 de maio. É uma média diária de 61 mortes -o triplo da média em períodos normais.
A Folha já havia noticiado no início do mês que o relatório apontaria mais de 400 óbitos no período, justamente o mais sangrento da guerra deflagrada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo.
Entre as 492 mortes podem estar vítimas atingidas por tiros de policiais que não foram incluídas no balanço oficial da Secretaria de Estado da Segurança Pública -que aponta para 123 pessoas, um número menor, por exemplo, do que o aferido pelo Ministério Público Estadual, que soma três outros nomes na lista.
As estatísticas do Cremesp incluem todas as pessoas mortas por arma de fogo, inclusive possíveis casos de suicídio. Logo, nem todas as vítimas estão relacionadas com os ataques do PCC e com a reação policial.
No relatório do conselho de medicina constará a data da ocorrência, o município do Estado onde ela ocorreu e a região de registro do óbito, além dos nomes das vítimas.


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